segunda-feira, 15 de novembro de 2021

15 de Novembro e a necessidade dum Novo Estado Novo!

Precisamos duma Nova Elite Nacional capaz de nos livrar da velha elite fisiológica e coronelista cujos interesses privados se sobrepõem ao Brasil. 

 






Platão transcendeu o debate Monarquia x República no seu diálogo "As Leis" quando mostrou que, mais importante que a forma de governo, são as Leis que dão um conteúdo a esse governo: entre uma monarquia liberal e uma república aristocrática ficamos com a segunda embora concordemos que, teoricamente, a Monarquia seja, no aspecto da forma, pelas razões expostas por Santo Tomás de Aquino no “De Regno”, superior a República.


 Todavia, na prática, o sucesso da monarquia vai depender dum bom rei, o que nem sempre é fácil de encontrar ou produzir, óbice este inexistente nas repúblicas já que dependentes mais de boas instituições que de um chefe qualificado.


 Especificamente quanto a História do Brasil a queda da Monarquia não se deu por uma decadência da mesma mas justamente no momento em que ela começava a fazer as necessárias reformas das instituições, colocando o país na rota do progresso sem perder de vista nossa essência. Os que deram o golpe de 15 de Novembro instauraram, ao contrário, um regime que, tendo se tornado uma República de Fazendeiros e Coronéis que representava o mais feroz localismo, exprimindo a ideologia dos Luzias do Império (Liberais avessos a uma Elite Nacional calcada na ideologia do Estado como motor do desenvolvimento pátrio) e um americanismo indisfarçável (Como nos apresenta Eduardo Prado em sua obra de leitura obrigatória chamada “A Ilusão Americana”) acabou ganhando caráter reacionário e anacrônico pois desatento ao clamor do movimento abolicionista e dos ex escravos recém libertos assim como das camadas mais pobres e das camadas médias mais participativas da sociedade civil. 


A velha República, criada em 15 de Novembro,  em vez de ir na direção duma reparação histórica da escravidão por meio dum projeto de reforma agrária que seria posto em prática pela Princesa Isabel, uma vez Rainha do Brasil, e da implementação duma mais ampla cidadania, acabou brecando, por 40 anos, o progresso político e social do Brasil graças a adoção dum modelo estadunidense de república que privilegiou oligarquias, modelo no qual a Revolta de Canudos, uma insurgência de pobres sertanejos massacrados pelos coronéis que eram a elite política daquele regime atrasado e decadente, assume caráter de símbolo mais expressivo dessas múltiplas demandas nacionais esquecidas pela elite da Velha República.


É bem verdade que com Vargas a República no Brasil ganha, finalmente, ares nacionais e populares mas sem jamais perder esse fundo oligárquico perverso que nos impede de avançar e que vez ou outra se reapresenta e que agora se manifesta na forma de Centrão.


Portanto o 15 de Novembro deve ser, para todo nacionalista, uma data de reflexão que nos leve à pensar a construção duma República Nacional, oposta a esta que, tendo sido criada em 1988, após o trauma da ditadura, acabou nos legando uma constituição social-democrática fraca e defeituosa pois incoerente com nossas necessidades além de incapaz de dar voz ao povo, constituição que empodera indivíduos e minorias enquanto desempodera a Nação e o Estado frente aos poderes estrangeiros e financeiros impedindo a nascimento daquela Elite Nacional sonhada na era do Império pelos Saquaremas, que seria capaz de guiar a Nação, por meio da ação Soberana do Estado, à Grandeza, Prosperidade e Justiça.


Por um Novo Estado Novo que termine a obra redentora de Getúlio Vargas!

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