sexta-feira, 10 de julho de 2020

A conexão Roger Stones - Governo Bolsonaro: a invasão do Brasil está provada.

Roger Stone denies being a 'murderous mafioso' in latest court ...
Roger Stones, o lobista que elegeu Trump. 


Os últimos fatos provaram, de vez, que o DEA/USA foi o responsável pela vitória do capitão em 2018.

O primeiro fato a demonstrá-lo é a recente divulgação de dados sobre colaboração entre FBI e Lava Jato que foi a responsável por criar um clima de moralismo anti-corrupção que alavancou a candidatura do “mito” além de assegurar a prisão de Lula, seu principal concorrente para o pleito de 2018, como mostrou, recentemente, a plataforma UOL aqui: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-publica/2020/07/01/o-fbi-e-a-lava-jato.htm

O segundo fato é a derrubada, pelo Facebook, de dezenas de contas, perfis e páginas bolsonaristas administradas desde fora do país – destaque para várias delas estarem sendo operadas desde a Ucrânia, país que, anos atrás foi objeto duma revolução colorida que trouxe a derrubada dum governo pró-Russia e a consequente subida do ex-palhaço Zelenski, ligado aos oligarca judeu pró-OTAN, Igor Kolomoiski, à presidência.

Este segundo fato nos leva, diretamente para Roger Stones, UMA NOVA PEÇA DO QUEBRA CABEÇA DA INVASÃO SILENCIOSA do Brasil por forças norte-americanas. Roger é um lobbista conservador – libertário estadunidense que foi um dos mais importantes operadores da campanha de Trump. Stones é dono da BMSK, empresa de consultoria política que ajudou a eleger senadores que representavam a indústria de tabaco, trabalhando no sentido de orientar a opinião pública no sentido de positivar o fumo ( Não é coincidência que Olavo de Carvalho tenha trazido esse lobby pró-fumo para o Brasil dadas as íntimas conexões entre ele e ao setor da direita republicana a qual Stones se conecta), a garantir que ditaduras pró-USA, instaladas em países de terceiro mundo, obtivessem apoio no congresso americano, etc.

Apesar de se intitular conservador e de “família católica”, Stones atuou como lobista dos cassinos de Trump em Washington, nos anos 90, apesar da Igreja proibir a jogatina, o que nos mostra como o uso do “discurso conservador” pela direita americana sempre foi uma cortina de fumaça a esconder conexões escusas e assegurar o voto dum eleitorado religioso alienado que não consegue diferenciar retórica de compromissos reais. Ele foi o pioneiro na campanha de propaganda negativa, onde a regra é o vale tudo numa eleição. Roger está associado a Alex Jones do canal InfoWar, canal que disseminou a teoria conspiratória de que o Novordismo Mundial é uma realidade alheia aos “EUA profundo” a quem tal esquema desejaria destruir, a mesma narrativa encampada por Olavo de Carvalho que absolve os USA de toda e qualquer responsabilidade pelo Globalismo, jogando a responsabilidade duma possível trama por um governo mundial nas costas duma “elite globalista” jamais associada às instituições formadoras dos USA e ao seu capitalismo imperialista, mas classificada como algo relacionado a um “meta-capitalismo” que seria uma espécie de “socialismo”, pasmem! Jones, por sinal, sempre negou a realidade dos tiroteios em massa como o que ocorreu na Escola Primária de Sandy Hook, classificando o fato como “falsa bandeira”, recurso retórico comum no discurso, mais uma vez, de Olavo de Carvalho que acostumou o público, nos idos dos anos 2000, via True Outspeak, a “beber” das narrativas ao estilo InfoWar o que jogou boa parte da audiência anti-petista do sr. Carvalho num contexto mental propício a aceitar todo tipo de conspirologia fantasiosa, sem o qual Bolsonaro não teria vencido em 2018.

Roger Stone appears on Capitol Hill with Alex Jones Video - ABC News
Alex Jones e Stones



Stones não está vincado apenas a táticas lobistas ou a conexões com o atual governo Trump mas também com roubo de dados e espionagem ilegal. Durante as eleições americanas, quando Trump denunciava algo numa semana, na outra e-mails eram revelados pelo Wikileaks que confirmavam as denúncias que giravam, geralmente, em torno de nomes do Partido Democrata como foi o caso de Nancy Pelosi. Não é o caso aqui de tomar partido de Pelosi contra Trump, que o leitor entenda onde queremos chegar: aqui se trata de mostrar como todo o aparato de propaganda e ofensiva do círculo que criou o bolsonarismo se embasa no mesmo método de Stones e como isto reforça a tese de que a eleição de 2018 foi ganha com dinheiro e logística estrangeira.

Há que lembrar que a aproximação entre Olavo e a família Bolsonaro se deu em 2014, evidenciada através dum hangout realizado pela RádioVox. Neste Hangout, Olavo faz uma alegação sobre o PT ter iniciado sua estrutura de poder, calcada na mentira, a partir de 1993 com a suposta criação dum “SNI” da esquerda para levar a cabo, quando chegassem ao poder, o roubo generalizado do erário e uso de informações para derrubar seus adversários. Segundo Olavo a mentira e a verdade seriam coisas relativas para a esquerda socialista, importante é o que favorece a revolução. E aqui chegamos a um fato desconhecido do grande público: em 2012, durante um “Congresso de Mídia Católica Conservadora”, que aconteceu no Hotel Glória no Rio de Janeiro, no qual nós tomamos parte como convidados do sr. Allan dos Santos, realizador do evento e hoje blogueiro do regime bolsonarista, e que desejava criar uma ação cultural conjunta conservadora, houve uma vídeo conferência de Olavo onde o mesmo determinava que criássemos o “SNI” da direita conservadora a fim de difamar os adversários, roubar dados, espionar, etc. Naquela época estávamos incônscios da natureza profunda do que significava a figura canhestra de Olavo e de sua trupe. Mas em 2013 quando entendemos que esse círculo estava a serviço do poder estadunidense, além de servir a outros esquemas malignos, decidimos nos afastar o que não se deu com alguns que fizeram parte daquele encontro. Entendemos que ali tivemos a pré-história do tal “gabinete do ódio” que hoje opera a propaganda pró-governo nas redes sociais entre injúrias, falsificações da realidade, etc. É claro que o tal gabinete foi tomando corpo com o tempo e com a aproximação cada vez maior entre o nicho de Allan dos Santos - família Bolsonaro - Olavo mas parece-nos claro que houve uma operação montada desde os anos 2000 onde o velho astrólogo copiou o modelo de propaganda negativa de Stones para nossa realidade. Estaria Olavo vinculado a Stones desde os idos dos anos 2000? Não é improvável. Cabe recordar que, na época de Orkut, circulava uma foto na comunidade “Olavo de Carvalho”, apresentando o mesmo recebendo seu “cartão verde” para permanecer nos EUA das mãos dum oficial militar, algo inusual já que esse tipo de documento é entregue por burocratas civis; isto aponta para o provável fato de que as conexões de Olavo com gente do Partido Republicano ligada ao DEA ou a CIA tenha lhe garantido tal benesse. Certamente Stones pode ter sido um dos agentes que mediaram essa concessão. No mundo da política é muito difícil falar de coincidência e é claro que a existência dum modus operandi que liga Alex Jones – Olavo – Stones com a militância bolsonarista, além da recém descoberta de perfis pagos por Stones, desde a Ucrânia, para fazer propaganda do governo Jair de forma massiva nas redes sociais, mostram que estamos perante a maior operação de invasionismo dum poder estatal estrangeiro sobre o Brasil o que nos coloca em severíssimo risco de um desmonte de nossa parca soberania como já vinhamos avisando faz anos, nós e tantos outros como o sr Carlos Velasco em seu site Prometheo Libertho.