Francisco, o rabino Skorka e o islamita Abboud no muro das lamentações em Israel. |
INTRODUÇÃO
Não
é de hoje que Bergoglio – o papa Francisco – se notabiliza por
manter boas relações com o mundo islâmico. Recentemente, durante a JMJ, mais um capítulo desta novela macabra se realizou. O pontífice
negou que o terrorismo tenha a ver com a jihad islâmica. Para o
mesmo o terror é resultante da pobreza, da injustiça social, etc. O
Islão não teria culpa alguma. É uma religião essencialmente
pacífica, segundo o parecer de Francisco. Ao mesmo tempo que insiste em considerar o terror islamita como produto de questões sociais e econômicas, fala de "fundamentalismo religioso", dando a entender que luta deve ser mesmo é contra o radicalismo e não contra os pretensos problemas econômicos que gerariam o terror.
Ainda
para Bergoglio – como ele mesmo deixou claro na entrevista dada
após o fim da JMJ2016 em Cracóvia:
“Não
é justo falar que o Islã é terrorista, eu não gosto de falar de
violência islâmica. Senão teremos que falar também em violência
católica. Na Itália, um mata a namorada outro a sogra, são
católicos batizados, são violentos católicos. Em todas as
religiões existem os fundamentalistas”(
In:
http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2016/08/papa-francisco-fala-sobre-terrorismo-com-jornalistas-no-aviao-papal.html).
Para
o papa a violência de um católico que, negando-se a cumprir os
mandamentos de sua religião, mata o próximo, é idêntica a de um
muçulmano que mata em razão de um mandamento expresso do Corão. É
verdade que nem todo o muçulmano adota a tática terrorista, mas
também é verdade que não é possível dissociar completamente o
terrorismo islâmico de fontes alcorânicas e de uma certa
interpretação do texto sagrado islamita. Todavia Bergoglio faz
vistas grossas a tudo isso e deliberadamente se nega a reconhecer
publicamente os problemas inerentes a fé maometana. Antes o pontífice remete a questão a um vago "fundamentalismo" que seria comum a todas as religiões de raiz abrâamica, fundamentalismo que teria que ser combatido com todas as forças.
Um
das leis básicas da História é que nada se compreende fora dum
contexto mais amplo e de longa ou média duração. Assim, a atuação
de Francisco no curso das relações com o Islão se explicam a
partir deste contexto maior. É o que buscaremos esclarecer abaixo.
BERGOGLIO
E SUA AMIZADE COM O ISLÃO
“Bergoglio
costuma dizer que para ser um bom católico, antes se deve ser um bom
judeu. É capaz de finalizar uma missa em um colégio católico
anunciando aos presentes que vai orar com os evangélicos. Sem
acanhamento, disse certa vez que gostaria que muitos cristãos
tivessem o compromisso e a integridade de um amigo dele que é
ateu...e hpa poucos dias pediu que os católicos se reconciliassem
com os muçulmanos. Quem é Francisco? Certamente o homem de toda as
religiões”(
In: Himitian, Evangelina. A vida de Francisco. Objetiva,
Rio de Janeiro, 2013, p. 159).
O
trecho acima, de uma biografia de Bergoglio, escrita por Evangelina Himitian, pesoa bastante próxima de Francisco, deixa bem claro a
natureza moral do Papa. Um homem de todas as religiões. A definição
não poderia ser mais verdadeira.
Quanto
a isso é importante destacar as relações de Francisco com o Islão,
relações que provém da época em que era arcebispo de Buenos
Aires. Estas começaram através de seu contato com Omar Abboud,
presidente do Instituto de Diálogo Inter-Religioso de Buenos Aires,
instituto criado por Bergoglio, Omar e o rabino Daniel Goldman –
rabino que estudou Talmudismo no Hebrew Union College nos EUA.
Goldman é ligado a comunidade judia Bet El que postula, entre outras
coisas, um movimento neoconservador no interior do judaísmo que:
Goldman, o rabino talmudista amigo de Francisco. |
"postula
la devoción a la tradición y ley judía (masoret y halajá), con un
acercamiento abierto y positivo al mundo moderno, al pluralismo y al
sionismo y al estado de Israel. Es
uno de los grandes movimientos religiosos que combina la Tradición
con el cambio.”( In:
http://betel.org.mx/index.php?pageId=45D1E796-A99C-8D98-65C4-EC476D85A74D).
Em suma: o Bet El postula a conciliação entre tradição judaica e
mundo moderno( O mesmo não poderíamos dizer de Francisco que busca
uma relação cada vez mais profunda entre Igreja e Mundo?).
Quanto
a Abboud, a amizade de Bergoglio com o líder muçulmano perpassa a
idéia de considerar o Islão uma religião pacífica, uma tradição
válida e aliada na luta pelos “direitos humanos”:
"Bergoglio
– observou Abboud – sempre denunciou com palavras muito claras e
duras todo tipo de terrorismo”. “É um homem de grande cultura,
com uma capacidade de análise de situações sociais não comuns.
Sempre me tocou desde quando o conheço – explicou – o fato de
que não é ligado à política, mas interessado em chamar a atenção
da política para temas como a pobreza e a exclusão. As suas, são
sempre homilias, nunca comícios. Entende o povo e não perde a
ocasião para assinalar ao poder temporal os seus erros”.
(
In:
http://www.catolicanet.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3104%3Aabboud-o-amigo-muculmano-conta-bergoglio&catid=86%3Alista-meio&Itemid=81).
Notem
que Abboud não é o muçulmano típico mas um intelectual islâmico
ocidentalizado e crente nas idéias modernas de tolerância
iluminista. O papel e o discurso de Abboud é amplamente validado por
agências de notícias judias que dão destaque positivo a suas ações
no sentido de “derrubar muros” entre judeus, muçulmanos e
cristãos, o que em outras palavras significa abrir fronteiras. O
próprio Abboud afirma que:
“
Yo
no estoy en condiciones de representar a los musulmanes del mundo,
porque de hecho muchos de los musulmanes del mundo piensan distinto
de lo que pienso yo
(
In: http://www.prensajudia.com/shop/detallenot.asp?notid=37911).
Omar Abboud |
Se
Abboud afirma categoricamente que muitos muçulmanos não pensam como
ele no que tange a diálogo com o cristianismo por que então o Papa
insiste em dizer que o mundo muçulmano não admita, no fundo, uma
jihad contra o Ocidente, ainda que as interpretações sobre a mesma
sejam divergentes quanto a método?
Simples:
tanto o Papa quanto Abboud e Goldman representam duas facetas duma realidade que vem sendo gestada a longo prazo; uma das facetas é referente a estratégia de perpetrar o caos no Ocidente através
da penetração islâmica para efetivar um projeto de poder global
colocado nas mãos de grandes magnatas, politicos progressistas, maçons, etc, vinculados a fóruns,
clubes e organismos com esfera de influência universal; dentro dessa
estratégia e preciso convencer a opinião pública do ocidente de
que não há perigo em abrir fronteiras e que aliás isso é um dever moral, humanitário e até cristão; nesse ponto convencer o Ocidente de que o islão é essencialmente pacífico é fulcral; outra faceta é referente ao fomento
da uma religião mundial maçônica, síntese de todas as crenças, religião necessária a subsistência da aldeia global que se está criando a nossos olhos. Nenhum poder político pode dispensar um poder espiritual que lhe dê a legitimação moral. O fato é que, o que ainda impede a implementação desse governo mundial de cariz progressista, são as tradições religiosas. Cumpre superá-las e unir todos os credos em torno de "valores comuns".
BERGOGLIO
E SEU EMPENHO POR CRIAR A RELIGIÃO MUNDIAL
Em
2007,
em
Buenos Aires, na Catedral Metropolitana, em maio os
líderes
da URI – Organização
das Religiões Unidas, em português - se uniram
com o Bispo Swing e Cardeal Bergoglio– hoje Papa Francisco – para
comemorar o 10º aniversário da primeira reunião da URI na América
Latina.
Esse evento pouco conhecido explica
o atual envolvimento de Francisco com o diálogo com o Islão: a
URI
está para as religiões como a ONU está para as nações.
O
papel da URI é a luta contra o fundamentalismo e o proselitismo,
aliás temas recorrentes nas falas do Papa, o que prova que seu
discurso remete não a Tradição Católica mas a uma agenda da ONU.
Importante ressaltar que Robert Muller, ex Subsecretário-Geral das Nações Unidas,
declarou que:
“os sistemas de crença inflexível” do
fundamentalismo “desempenham um papel incendiário em conflitos
globais”. “A paz será impossível”, disse ele, “sem a
domesticação do fundamentalismo através das Religiões Unidas que
professam fidelidade apenas à espiritualidade global e a saúde do
planeta.” (Inplainsite. Cf. The
United Religions Initiative.
Cf. New
Oxford Review. The United Religions Initiative, A Bridge Back to
Gnosticism).
Bergoglio,
apoiou a URI na Argentina, promovendo e participando, inclusive, como
concelebrante em seus cultos pan ecumênicos. (The
Remnant. Pope Francis and the United Religions Initiative.).
Como
bem expõe o padre Delassus em sua obra “A conjuração
Anticristã”, nas páginas 361 a 363:
"o Humanitarismo já é
considerado um substituto do Cristianismo”.
Este
humanitarismo, filho da revolução francesa e do iluminismo,
proposta inclusive pela Aliança Israelita Universal
- que
em 1860 falava de direitos universais para todos os homens de todas
as religiões como meio de ajudar os judeus a se integrarem aos
países ocidentais com cidadãos de plenos direitos( cabe dizer
também que a Aliança comprometeu-se com a promoção do Sionismo
nos anos seguintes!!!) – é o conteúdo mesmo das ações da URI
e de Bergoglio.
Delassus
se refere a isso asseverando que:
“
a tarefa que a Aliança Israelita Universal se propôs realizar para
preparar a edificação do Templo do Homem, é pois, introduzir no
catolicismo, e no que resta de firme nas outras religiões, elementos
de dissolução que as levarão a confundir-se todas numa vaga
religiosidade humanitária...há muito tempo se trabalha para
diminuir as barreiras dogmáticas e para unificar as confissões de
maneira a favorecer os caminhos do humanitarismo.”(
In: A Conjuração Anticristã- o templo maçônico que se quer
erguer sobre as ruínas da Igreja Católica. Castela Editorial,
página 363).
CONCLUSÃO
Sabe-se que Francisco
tem pelo
cardeal Walter Kasper uma
grande admiração. Logo no começo de seu pontificado recomendou um
dos livros do mesmo cujo tônica é a misericórdia, conceito que em
Kasper tem relação com a abertura. Não seria essa a tônica de
Francisco em todo o seu pontificado? A abertura as diferentes
tradições religiosas e culturais? A abertura ao mundo e seus
anseios?
Talvez
não seja uma mera coincidência que Kasper e Francisco estejam
associados( Recordemos que Kasper foi aquele que teve o papel de, no
Sínodo último sobre a família, levantar temas polêmicos sobre
comunhão para divorciados e etc) e que o discurso de Francisco –
altamente humanitarista – encontre eco na pretensão de Kasper de
reduzir as distinções entre cristianismo e judaísmo como mostramos
aqui:
http://catolicidadetradit.blogspot.com.br/2014/03/cardeal-kasper-prepara-o-terreno-para-o.html.
Talvez
também não seja mera coincidência que a Maçonaria – que sempre
trabalhou por ecumenismo e humanitarismo, embasada na idéia duma
religião universal, uma religião do culto do Homem- através do Grande
Oriente da Itália, tenha saudado a eleição de Francisco como uma
nova época para o mundo e para a Igreja como vemos aqui:
http://www.grandeoriente-democratico.com/Grande_Oriente_Democratico_saluta_il_nuovo_Papa_Francesco.html
Talvez
tudo isso indique que o atual papa não seja nada mais que um agente
a serviço de forças ocultas e inimigas da Igreja. O tempo dirá.
Rafael G. Queiroz.
Caro Rafael Queiroz você teria e-mail para contato? Abraços!!!
ResponderExcluir