A atual escalada militar e genocida de Israel em Gaza já havia sido prevista por Julian Assange, conhecido internacionalmente como um revelador de verdades inconvenientes e um prisioneiro político do Ocidente, suas revelações tiveram impactos profundos em quase todos os cantos do globo, incluindo o mundo árabe. Uma das várias contribuições do Wikileaks para a Palestina foram telegramas que funcionaram para confirmar um elemento da agenda de Israel na Faixa de Gaza, ajudando a moldar a nossa compreensão geral da realidade no terreno hoje durante o ataque genocida lançado pelo governo israelita. Telegramas confidenciais secretos, de Março de 2008, revelaram que os diplomatas dos EUA tinham aprendido que as intenções de Tel Aviv, com o seu cerco abrangente imposto à Faixa de Gaza, eram “manter a economia de Gaza a funcionar ao nível mais baixo possível, consistente com uma crise humanitária”.
O que aprendemos com os documentos vazados foi uma confirmação de que Israel estava seguindo a estratégia delineada em 2006 por Dov Weisglass, conselheiro sênior do primeiro-ministro israelense na época, Ehud Olmert, que falou em colocar os “palestinos em dieta, mas não para fazê-los morrer de fome", numa espécie de genocídio sutil. Além disso, os telegramas do Wikileaks revelaram que o antigo secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, tinha falado sobre o seu conhecimento das armas nucleares israelitas e disse que Israel tinha 200 armas nucleares apontadas contra a República Islâmica do Irão. Esta foi uma grande revelação, pois foi o primeiro reconhecimento por parte de um importante funcionário americano das capacidades de armas nucleares israelitas, que Washington e Tel Aviv se recusam a comentar publicamente; em grande parte devido à recusa de Israel em assinar o tratado de não-proliferação nuclear.
A primeira revelação de Assange já está a se realizar agora em Gaza, tudo indica que o próximo passo será atingir o Irã e levando em conta que o país acaba de eleger um presidente moderado, o plano sionista ganhará fôlego dado que a tendência é que o regime iraniano baixe a guarda.
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