quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

O falso patriotismo de Bolsonaro ou o globalismo disfarçado.

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Desde que o novo governo Bolsonaro tomou posse, o mesmo assumiu um discurso oficial de aparência nacional-patriótica. Tanto o presidente, quanto seu ministro do exterior, buscam passar a impressão de que estão em luta contra o globalismo para colocar os interesses pátrios em primeiro plano. Como diz o velho ditado as aparências enganam e as massas, como de costume, deixam se levar pelo que elas indicam. A crença no tom nacional-populista deste governo é partilhada até pela mídia estrangeira que faz comparações entre Bolsonaro, Viktor Orban e Trump (Enquanto Orban e Trump protegem a indústria nacional de seus respectivos países, Bolsonaro quer abertura total para acabar de desindustrializar o Brasil; logo a comparação é no máximo possível quanto a método de se comunicar às expensas da mídia tradicional, uso de verborragia autoritária, etc, mas nunca no plano ideológico).

Evidentemente que isto tudo não passa de fogo fátuo e de vulgaridade analítica. O fato é que Bolsonaro e seu ministro – Ernesto Araújo – não passam de capachos do interesse estadunidense. E para que isso fique claro vamos aos fatos reais.



1- Que é globalismo?



Segundo Fraga "Globalismo é a globalização econômica que passou a ser pilotada pelo marxismo cultural”.

Por essa frase vê-se bem a influência de Olavo de Carvalho sobre Fraga, cuja tese é que os meta-capitalistas, ao conquistarem o domínio da economia global, viraram socialistas desejosos de controle estatal máximo e governo global para instaurar o “comunismo”. Comunismo com monopólios capitalistas! Lênin, no começo do século 20, chamava o sistema de monopólio mundial das mega empresas capitalistas de fase avançada do imperialismo capitalista e dizia que a revolução socialista poria fim a isso em breve. Em suma: o pensamento ortodoxo marxista jamais endossou a idéia de sistema comunista ao lado de empresas capitalistas monopolistas. Olavo e seus pupilos dirão que o comunismo mudou, que ele é um movimento camaleônico que não tem mais os mesmos atributos de antes: então o que seria comunismo neste caso? Segundo Olavo um “projeto de poder”! Pois é: riam a vontade. O que não poderia ser definido como projeto de poder? Tudo! Se o comunismo é isso, o que não é comunismo?

Socialismo significa, rigorosamente falando, um regime econômico-social e político onde temos coletivização dos meios de produção, ditadura do proletariado, partido único e planificação. Sem estes elementos constitucionais não há que falar de regime socialista ou de socialismo. Ter um partido com intenções socialistas dentro de um regime constitucional-liberal não é socialismo, regulação estatal sobre atividades privadas não é socialismo, imposto não é socialismo. Se a direita do sr. Olavo e Bolsonaro podem usar o termo "socialismo" fora deste esquadro de rigor conceitual por que a esquerda não pode deixar de ser rigorosa quando usa o termo homem/mulher? Sócrates mostra no diálogo "Górgias" que foi quando os partidos políticos começaram a usar as palavras conforme sua conveniência, que o senso de verdade e justiça se correou em Atenas. O passo seguinte foi a decadência final da Grécia.

Mas voltando ao tema precisamos dizer que globalismo e marxismo cultural não são sinônimos. Acreditar nisso é loucura. O ideário e a práxis globalizante é uma síntese de liberalismo e igualitarismo, coletivismo e individualismo. Não entender isso é imperdoável para um diplomata com formação intelectual de alto nível. O próprio conceito de marxismo cultural repugnaria a Marx que considerava a cultura mero subproduto das forças econômicas e da luta de classes e não algo dotado de autonomia própria que pudesse servir de motor a uma revolução. O termo mais certo seria neo-marxismo ou desconstrucionismo.

É verdade que Fraga rechaça os concertos internacionais ao dizer que "A aplicação dessa ideologia à diplomacia produz a obsessão em seguir os “regimes internacionais”. Produz uma política externa onde não há amor à pátria mas apenas apego à “ordem internacional baseada em regras”...O remédio é voltar a querer grandeza. Encha o peito e diga: Brasil Grande e Forte", mas a questão não é só esta: o palavreado é bonito e pomposo mas não se enganem.

Na verdade um Brasil forte ou fraco perpassa o seguinte: num regime de uni-polarismo, onde os EUA atuam como única potência global, situação imposta ao mundo desde 1991 com a queda da URSS, é impossível um país grande e forte sob as asas dos USA. Regime internacional para olavetes é apenas ONU quando, na verdade, é também os EUA onde tudo isso foi parido. Afinal quem é o maior financiador da ONU senão os USA? Sob que auspícios a ONU atua senão sob os dos direitos individuais levados a todo globo, o que é nada mais que a expansão da revolução americana de 1776? Olavo costuma separar EUA de Globalismo mas não há separação absoluta a não ser na cabeça oca dos trumpistas brasileiros que acreditam em "nacionalismo americano". O nacionalismo dos EUA só faz sentido internamente aos EUA, como não atrelamento do governo de Washington a moções da ONU, como independência do Estado Americano no plano internacional (Algo que G. W. Bush fez quando atacou Iraque e Afeganistão sem consentimento do Conselho de Segurança da ONU). Nacionalismo estadunidense é o EUA como maior player internacional, ao invés dos órgãos globais, é "pax imperial/global estadunidense" em vez de "pax imperial da ONU", é Trump mandando míssil na Síria sem passar pela ONU.

Precisamos compreender que há duas formas de globalismo: um a direita, outra a esquerda. A diferença é pequena, até existe, mas no fim a globalização acaba sendo, sempre, a americanização do mundo. A direita republicana dos EUA defende uma globalização via imperialismo nacional dos USA. Ocupações militares no Oriente Médio e o uso do “hard power” tem sido os métodos preferidos pelos republicanos. Ao fim e ao cabo tais métodos acabam dando em estabelecimento de regimes democráticos liberais, na expansão da economia capitalista ocidental e no domínio financeiro de Wall Street sob tais regiões. A esquerda democrata quer globalização com direitos humanos, o “soft power”, defesa de minorias, humanitarismo amplo, expansão do mercado junto com igualitarismo legal, etc.

A diferença está aí, mas sempre resulta na mesma coisa; onde a globalização chega temos abertura dos mercados, fluxo livre de capitais, direitos individuais, igualdade jurídica, cultura igualitária (homem e mulher são iguais, todos devem ter a mesma oportunidade, quebra das hierarquias sociais tradicionais baseadas em religião ou família, etc), em suma temos o estabelecimento da cultura política dos EUA.

Assim o pensamento de Fraga, exprime a contradição do patriotismo típico dos olavetes de plantão: querem um Brasil forte e combate ao globalismo com o Tio Sam do lado. Algo impossível.



2- Por que os EUA são hoje a cabeça do globalismo?



Não só a estrutura do estado dos EUA como sua estrutura econômica são o eixo em torno do qual o globalismo se desenvolve.

Desde Reagan o sistema financeiro americano foi desenvolvido para garantir o fluxo mais livre possível de capital. Reagan junto com o FED, trabalhou para que bancos comuns ou bancos de depósito, pudessem aplicar seus capitais fortemente em especulação, nos mercados futuros e de derivativos, assegurando, dentro de um modelo neoliberal em que o estado desregulava o setor bancário acabando com a velha distinção entre bancos de investimento e bancos populares, as estruturas para que o capital se expandisse sem limites pelo globo.

Depois da queda da URSS em 1991, o modelo financeiro de Reagan expandiu-se rapidamente no mundo, garantindo aos fundos financeiros dos EUA o controle definitivo do fluxo financeiro mundial dado que não havia mais um bloco socialista. Os ex-países socialistas adotaram o capitalismo e o dólar, abrindo de vez o caminho para um sistema mundo em termos de economia, circulação de informação e de padrões culturais, que é o que chamamos de globalização ou globalismo. As empresas de internet e computação consolidaram de vez essa tendência, empresas cujo eixo gira em torno do Vale do Silício nos EUA. Isso tudo contribuiu para que grupos financeiros se tornassem mega poderosos e estendessem seus tentáculos pelo planeta. A maioria deles tem sede em Wall Street.

Um exemplo é o Carlyle é a maior empresa de private equity do mundo que controla mais de 56 bilhões de dólares e tem filiais em 18 países. Empresas de private são fundos que compram participações em empresas com o fim de alavancá-las no mercado. O Carlyle, hoje, tornou-se o controlador do maior fluxo de caixa da economia global. Muita gente investiu dinheiro no Carlyle sem saber que estava investindo. Pelo Carlyle passaram grandes figuras da política americana: o ex-secretário de estado James Baker, o ex-secretário de defesa Frank Carlucci, o ex-diretor de orçamento da Casa Branca Dick Darman, o ex-chefe da comissão federal das comunicações, Willian Kennard, o ex-presidente da comissão de câmbio, Arthur Levitt. A sede do Carlyle fica em Washington entre a Casa Branca e o Capitólio. Sua influência sobre o establishment político americano é notório. Desde o 11 de setembro a empresa lucrou com a guerra contra o terrorismo. Ela investiu na U. S. information services (Usis) uma companhia particular de investigação que atua no departamento federal de aviação, nas alfândegas, e no ministério da defesa. Rubenstein, o maior acionista da Carlyle, forma, junto com seus sócios, uma poderosa rede global com a capacidade de investir dinheiro em países, mercados, setores, de apoiar candidatos em eleições pelo mundo, de participar de fóruns de definição de prioridades políticas, etc. A atuação da Carlyle deixa claro como existe nos EUA, uma sociedade entre políticos e megaempresários das finanças a moldar a política estadunidense no sentido de exportar, por exemplo, mecanismos de condução de mercado que favoreçam a facilidade das trocas financeiras globais que, evidentemente, favorecem o dólar e os grandes fundos de equity nas mãos da super-elite financeira dos EUA.

Tudo isto prova, sem precisar insistir muito, que um patriotismo antiglobalista que elege os EUA como parceiro preferencial é nada mais que uma farsa, um engodo tremendo. Não é preciso insistir que Bolsonaro e sua equipe querem estreitar laços com os EUA, isto é notório. Dentro disso a visão de Brasil de Bolsonaro é a seguinte: se pauta na idéia de Brasil como um binômio de “Minérios/Terras agricultáveis”. As patriotadas de Jair e seu ministro – na verdade um mero fantoche do sr. Carvalho, um sujeito sem autonomia intelectual alguma – se fundam na idéia da “grandeza do Brasil” (idéia meramente retórica com fins demagógicos ao estilo caneta bic enquanto se alia ao rentismo mundial) como mina e fazenda, algo que nos leva, diretamente de volta não a 1964 mas a época da República Velha em que nossa elite, sem nenhum projeto nacional, contentava-se com os lucros do café enquanto o país naufragava no atraso técnico em face às grandes nações. A história se repete como tragédia ou farsa. Agora se repete como farsa, sobretudo perante um povo que não consegue enxergar que, numa época de aceleração das inovações científicas no campo da informática, robótica, eletrônica, etc, investir num projeto de “Brasil Grande” via minérios e bananas é suicídio nacional, é colocar as futuras gerações condenadas ao atraso eterno e insuperável, destinadas a viver de sub-empregos pouco rentáveis.

3- Por que aliar-se ao EUA sempre foi um mau negócio para o Brasil?

Nos tempos do presidente JK o Brasil buscou um novo modelo de crescimento. O café, na época, sofreu uma queda brusca nas exportações para os EUA: em 1956 tivemos um lucro de 1 bilhão de dólares contra 845 milhões de dólares em 1957. Isso, em pleno boom industrial nacional, forçou o Brasil a buscar novos mercados. Nesse mesmo momento o FMI impunha ao Brasil medidas monetaristas que impediam JK de tomar empréstimos, atrasando nosso crescimento. O governo dos EUA afiançou a decisão do FMI que forçava, então, toda a América Latina a entrar em políticas de combate a inflação o que significava reduzir investimentos em indústria. Esta política trouxe violentos protestos no Peru e na Venezuela. Isso levou JK a enquadrar os EUA exigindo nova política econômica para a América Latina sob o risco de vê-la caindo sob o tacão do comunismo. Formou-se então a Operação Pan Americana que visava fazer os EUA estabilizar os preços de compra das nossas commodities ou a reinvestir nossos excedentes em empréstimos que promovessem nosso crescimento. Para a OPA as desigualdades profundas dentro do Continente Americano reforçavam o sub-desenvolvimento gerando as condições sociais para uma revolução comunista.

O Brasil queria, como disse então JK, “formar ao lado do Ocidente mas não desejamos constituir seu proletariado”. O interesse americano aqui era, unicamente, garantir o acesso as reservas de petróleo da Venezuela, de cobre do Chile, de estanho da Bolívia e de urânio, tório e manganês do Brasil, a fim de garantir o abastecimento de suas indústrias. O que ocupava os estadunidenses era manter um clima de estabilidade nestes países que proporcionassem a exploração privada destas jazidas dado que aventuras comunistas ou nacionalistas podiam significar estatizações que fariam sua indústria perder matéria-prima basilar. Os americanos interferiam sempre e apenas em prol da manutenção do bom clima para os negócios de sua indústria.

Na mesma época, em face a insensibilidade dos EUA aos apelos da OPA, JK pensou em buscar acordos comerciais com a URSS que elevou, no ano de 1957, em 1,6 bilhões de dólares, a ajuda aos países subdesenvolvidos com juros baixos e facilidade de escoamento de produtos agrícolas. O Objetivo de JK e do Itamaraty era retomar laços com a URSS usando tal meio como barganha para conseguir concessões do lado dos EUA em face as exigências da OPA. O clima de guerra fria e o medo do comunismo levaram a opinião pública brasileira a não apoiar a idéia de aproximação com a URSS que não foi aplicada muito também por que os EUA, perante a revolução cubana, acabou aceitando algumas condições da OPA, destinando 500 milhões de dólares para projetos assistenciais de colonização de terras, higiene e habitação para os países da América Latina. Todavia isso ficou aquém do esperado por JK que reivindicava capitais públicos dos EUA para dinamizar a indústria nacional e o mercado brasileiro. Nada disso aconteceu. Este fato exemplifica bem a continuidade da política dos EUA em face a América Latina, sempre vista como seu quintal, como seu mercado consumidor de produtos de alto valor agregado e fornecedor de matérias-primas baratas. Se mesmo o perigo comunista não fez os EUA arrefecer nesta sua tradicional política de dependência imposta aos países latino-americanos, por que ela arrefeceria agora?


4- Conclusão


Alguns poderiam objetar que os interesses da China e da Rússia poderiam ser usados, estrategicamente, pelo governo Bolsonaro, para obter vantagens ao Brasil no contexto duma relação bilateral com os USA. Mas isso só seria possível se tivéssemos um ministro do exterior que não fosse ideologicamente cooptado por um pseudo-filósofo que serve bovinamente aos interesses dos EUA em troca de sua estadia confortável por lá. Na época de JK a reorientação do Itamaraty, no sentido de pressionar os USA, foi obra de Augusto Frederico e San Tiago Dantas que, oriundos da direita nacionalista, pois ambos integralistas, influenciaram JK a tomar iniciativa verdadeiramente patriótica. Porém com esta direita apátrida que temos aqui agora, uma direita que lambe as botas de Trump, é impossível que isto se dê pois falta-lhe a devida independência ideológica.

Tudo isto prova que o governo Bolsonaro é tudo menos patriótico. Seguir acreditando nisso, depois de tudo que expomos, é cretinice intelectual ou comprometimento espúrio com um plano de desmanche do país.







11 comentários:

  1. entendo o ponto do segundo parágrafo da parte 1. Entretanto, há de ressaltar que a lógica marxista é a lógica criado por Hegel, e mesmo, sem essa lógica não há porque falar em marxismo; me refiro à lógica dialética, claro. Segundo, os próprios agentes políticos que se associa a uma das vertentes do globalismo reivindicam para si o termo marxistas, por exemplo: Marcuse. Não é uma segunda pessoa, em ocorrência, o Olavo que lhes atribuem esse termo.

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    1. A dialética marxista é a de classes e não a de idéias como é a de Hegel.

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  2. O segundo parágrafo da parte 1 também está errado. De fato, o próprio Lenin tratava essa tese avançada de "Esquerdismo" ou ainda "Doença Infantil do Comunismo". Basta ler a sua obra "Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo". Seu conhecimento de marxismo parece ser de olhadela.

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    1. O segundo parágrafo toca no conceito de metacapitalismo do sr. Olavo, um conceito ambíguo e precário que não tem como encaixar em um processo revolucionário marxista. O fato de Lênin ter se valido de abertura capitalista no início da URSS não serve como argumento pois aí tínhamos um partido único governando um país com poder totalitário. A NEP de Lênin permitiu apenas a exploração capitalista de pequenos negócios agrícolas, comerciais e industriais. A grande propriedade permaneceu na mão do partido, mesmo durante a NEP. Meu conhecimento de marxismo é sólido o bastante para saber que as concessões do mesmo ao capitalismo sempre foram ínfimas. A tese do sr. Olavo é espúria pois alega que pode existir marxismo numa forma capitalista plena. Isso vai contra os dados históricos básicos.

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  3. Ainda sobre o parágrafo 2 parte 1. O estratagema para desqualificar a tese da modificação dentro do marxismo (falsa analogia com uso de termos como mulher e homem) é mesmo primário. Afinal, o dinamismo dos conceitos é reivindicado pelos marxistas através da lógica hegeliana.

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    1. Reivindicando por que marxistas? Ora só na década de 60/70 é que nasce a New Left e sua base é a crítica a ortodoxia marxista. Althusser, um dos pais da New Left afirmou que a teoria marxista do Estado era finita, no sentido de que não era uma teoria geral nem completa. Logo os neo-esquerdistas dos anos 60/70 eram críticos do marxismo clássico. Eram estes neo-esquerdistas que reivindicavam o tal dinamismo amplo de conceitos e não a velha guarda da ortodoxia marxista-leninista. Perry Anderson chamava a New Left de "marxismo ocidental", uma corrente que domina o pensamento da esquerda no Ocidente a partir de fins da década de 60 , uma corrente que, embora invocando o nome de Marx, se desvia de sua própria perspectiva ao perder de vista, sob o impacto da prosperidade capitalista dos anos 50 e a pressão da guerra fria, toda perspectiva de transformação socialista nos países capitalistas avançados, e por centralizar sua atenção na filosofia e na crítica da cultura às custas de uma teoria da revolução. Evidente que isso vai no caminho oposto do que pensou Marx e Lênin em termos de revolução socialista.

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  4. Votei em Bolsonaro pra ele mudar os rumos do Brasil, pois do jeito que esta é impossível viver bem aqui no Brasil, Graças à Deus saímos dessa ideologia que o PT queria para o Brasil. Temos mesmo que voltarmos para outras alternativas, pois países opressores e comunista não é garantia de crescimento econômico.

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  5. O que me faz analizar com preicuoacao o artigo acima, nada mais e que, verificar que contextualização remonta o velho discurso da epeca da revolução do ABC paulista, onde o discurso centrava basicamente em dois pontos.
    Na força do capital Americano e seu sistema escravocrata contra o resto do mundo, contro isso está hoje países como Venezuela, Cuba Niquaragua, e outros, analisem como vivem seu povo.
    Segundo, na eterna batalha do proletariado (trabalhador) conta a burguesia (empregador) dinheiro e o único meio de conquistar qualidade qualidade de vida, e dinheiro não Nasce em arvore só por meio do trabalha, casa contrário viveremos como vivem as pessoas nos países a que relacionei acima. o

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  6. Caro Rafael,eu compreendo bem as suas preocupações, que também são minhas. Bolsonaro, o mal menor, aproxima-se perigosamente do Tio Sam, sob risco de termos um país com problemas similares ao México, que hoje tem um presidente socialista. É o fruto lógico e dialético do liberalismo/comunismo. Também o país corre o risco de uma "macrização" sócio-econômica, onde seu êmulo argentino traiu os eleitores católicos (aborto), à guisa de amealhar alguns dólares, junto à banca internacional judaica.Mais do que nunca, uma terceira via se faz mister em nossa sociedade, para resgatar os imperecedouros valoresde substrato luso-católico arraigado em nossas almas. Rezemos a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, como nos alentava um dos maiores patriotas da nossa Nação:"Vê, Senhora, como o mundo precisa de Ti.Vê a sociedade do meu país como está necessitada do teu apostolado"(Plínio Salgado).

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  7. Sou doutor em Geografia e concordo com a ideia de que Bolsonaro defende globalismo como via de dominação norte-americana. Nosso atual presidente é um evangélico e infelizmente tem católicos conservadores que o defendem.

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  8. Escreveu um texto desse tamanho, mas não sabe a diferença entre globalismo e globalização. Eu, com muita boa vontade, até concordo que o nosso governo acabe beneficiando os EUA, mas isso não significa que ele seja globalista, pois se for assim, quem investe compra produtos de empresas americanas seria globalista e quem compra produtos chineses seria comunista.

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