sexta-feira, 21 de julho de 2017

Santo Agostinho, Nimrod, globalismo e o papel de Kogos, Conde e a direita






Nimrod


Santo Agostinho explica na obra, "A cidade de Deus", comentando o Gênesis da Bíblia, que Nimrod - aquele que era "caçador contra o Senhor" - foi o primeiro soberano da terra. Ele foi o construtor da Torre de Babel( Babel dá origem a Babilônia que significa "confusão"). Ele era caçador, quer dizer, assassino e enganador( pois o caçador espreita disfarçando e mata). A Torre era símbolo do seu reino: o objetivo era fazê-la tão alta como o céu. A torre era a exaltação do poder do homem. Mas o verdadeiro e seguro caminho para elevar-se ao céu é a humildade. Por isso em Jó lemos: choremos ante o Senhor que nos criou. Choremos pois pecamos contra ele. 



Nimrod não chorou mas elevou o espírito ao alto. Por isso Deus confundiu as línguas. Como a palavra é o meio usado para dominar e mandar, Deus abateu a soberba de Nimrod que não quis obedecer os mandamentos, fazendo que seus súditos não entendessem o que ele mandava pela mistura das línguas. E por isso as nações se dividiram e a obra de Nimrod - que consistia em criar um império universal do homem - gorou. 


Isso permite que tiremos daí certas lições: o globalismo atual é a nova torre de Babel; outra que, embora a divisão das nações seja castigo pela soberba e decorrência do pecado, ela é um mal menor perante os projetos imperiais de um reino universal do Homem feito um deus, um reino que sirva aos caprichos dos homens contra a vontade de Deus. Logo, os nacionalismos atuam agora do mesmo modo como outrora: enquanto barreiras ao reino universal do Anticristo - prefigurado por Nimrod. Neste momento histórico só temos dois poderes estruturados capazes de exercer influxo decisivo sobre a sociedade: 

1- Os poderes globalizantes ( ONU, FMI, governo dos EUA, OTAN, ongs internacionais atreladas aos poderes globais, grande capital, movimentos organizados como verdadeiras internacionais - feminismo, movimento gay, institutos liberais, organismos de esquerda, ADL sionista, maçonaria, rotary, etc.). 

2- Os poderes nacionais ( Basicamente as estruturas burocráticas do estado nação). A única maneira de barrar, conter, reverter o avanço da agenda globalizante é se apoiando no estado nação. Não há outra via no momento. Polônia e Hungria estão aí que não nos deixam mentir. É fundando-se no discurso nacional que estão conseguindo preservar a identidade cultural e religiosa do povo.


O anticomunista Leonardo Oliveira, vulgo Conde. Mais um iludido ou alguém que trabalha subterraneamente pelo globalismo? 



Basta ligarmos os pontos senhores: vejam qual é o discurso dominante da atual direita que se articula e se organiza hoje no Brasil! 

Menos estado, menos imposto, ou então estado nenhum e imposto algum. Imposto é roubo dirão os seguidores da linha austríaca de economia. Os liberais e seus organismos ecoam a mesma doutrina. MBL e Rodrigo Constantino exaltam o ideário de sua radical redução. Os cupinchas do senhor Olavo de Carvalho, em nome do combate ao PT e ao comunismo, adotam o mesmo ponto de vista. Inclusive Paulo Kogos, o anarcocapitalista "católico", e Conde, o católico filo-liberal, lideram a cruzada anti estado em seus canais do youtube, tentando juntar tudo isso, falsa e grotescamente, a proposições católicas ( Kogos remete ao medievo orgânico onde não havia estado nação e Conde à tradição dos fueros hispânicos, passando a impressão de que defendem um modelo católico de sociedade - o que é efetivamente falso pois a Igreja não se recusou aliar a estados modernos e pesadamente burocráticos como foi o caso da monarquia lusitana e espanhola, grandes aliadas do papado dos séculos 12 a 17, inclusive tendo um forte papel de contenção do avanço protestante no século 16/17; cabe recordar também que Kogos e Conde advogam que, na hipótese de haver um estado, que ele não deve ter papel moral algum, o que diverge do parecer de Sto. Agostinho e de Leão XIII sobre a necessidade de as leis civis proibirem os vícios)

Kogos, agente consciente ou só um idiota útil ao serviço do globalismo? 


Cremos que não precisamos insistir muito para deixar clara a quem estes senhores servem e para quem trabalham - saibam ou não, sejam agentes conscientes ou apenas idiotas úteis. Não importa que eles não queiram nenhum tipo de estado a governar, nem mesmo o global. O que importa é que, dialeticamente, sua verborragia anti-estado vai favorecer quem tem poder de reorganizar a sociedade sob seu tacão depois que o estado nacional for destroçado, estado nação que é o objeto primeiro da crítica de todos estes sujeitos. A destruição ou enfraquecimento do estado nação é o grande objetivo visado pelas ações subterrâneas duma elite global. 

Quem tiver olhos que veja.