Nada define tão bem os alunos do Olavo: são idiotas úteis a serviço do perenialismo. |
Senhores mais uma vez temos que nos deter na figura do "Cagliostro de Campinas", vulgo Olavo de Carvalho. Desta vez trazemos à baila uma situação ignorada por seus asseclas, acontecida anos atrás que nos ajuda a entender seu real objetivo: guenonizar o catolicismo.
O fato aconteceu nos idos da década de 80. Relatamos o mesmo aqui em razão dele ter sido revelado por pessoa de alta confiabilidade nossa que, porém, precisa ficar no anonimato, por medida de segurança. Asseguramos, entretanto, que a narrativa goza de verossimilhança tal que seria impossível não publicá-la mesmo faltando-nos as "provas documentais", sempre faltantes quando se trata de perscrutar a ação de sociedades secretas, resguardadas, nas suas atividades, pelo pacto do segredo. Assim sendo é preciso que recorramos a relatos orais para reconstituir a trama de tais sociedades e seus agentes.
O fato referido se situa no seguinte contexto:
1- Na década de 80 existia no Recife um grupo de estudos de astrologia.
2- Olavo tendo travado contato com o grupo passou a atuar como uma espécie de guru dos seus membros.
3- Em razão de sua ligação com a Tariqa(centro islâmico de iniciação esotérica), Olavo orientou o grupo a procurar uma religião tradicional seguindo os ensinamentos de Fritjot Schuon, líder tariqueiro que postula, junto com Rene Guenon, a tese de uma "Tradição Perene" que estaria por trás das doutrinas das grandes religiões, "Tradição" só acessível a uma casta de iniciados. Schuon ensina que todo iniciado na "religião esotérica e secreta" preservada pela Tariqa deve ter uma religião exotérica, externa, pública que esteja ligada as grandes tradições espirituais( catolicismo, judaísmo, hinduísmo, budismo, islamismo). No fundo o objetivo é que os iniciados infiltrem os grandes religiões, para criar a religião " universal".
4- O grupo, inicialmente, pensou em adentrar o Islão. Mas foi orientado por Olavo a procurar uma Igreja já que no Brasil temos uma tradição cristã.
5- Eles então travaram contato com um bispo ortodoxo que vivia em Portugal: o Metropolita Gabriel I, que na década de 80 ligou-se a Igreja Ortodoxa polonesa(http://www.igrejaortodoxahispanica.com/Biografias/Joao_Gabriel_I_de_Portugal.html).
6- O Metropolita Gabriel I era um guenoniano.
7- Gabriel I licenciou-se em Teologia pelo Instituto Ortodoxo São Sérgio, em Paris, França. Em tempo: o referido instituto foi fundado na década de 20 por Nikolai Berdiaev, intelectual russo, que associado a Bulgakov e outros intelectuais russos exilados, defendia uma nova visão de cristianismo: ele interpretava a ortodoxia em clave mistico-panteísta( In: Olivier Clement. Berdaijev: un pilosope russe en France. Publiser Olivier Clement, Paris, 1991.). Lembramos que Berdiaev é referência intelectual fundamental de vários alunos do sr. Olavo e indicação de leitura no seu COF.
8- Berdiaev fundou seu instituto na mesma época em que Guenon começou a escrever e publicar suas obras em Paris. Coincidência??
9- Em 1928 o padre Beauduin, criou um grupo de reflexão e de estudos ecumenistas onde figuras como Berdiaev e Maritain, intelectual neotomista católico, lideravam debates entre católicos, ortodoxos e protestantes sobre convergências entre as religiões (A mesma idéia presente no guenonismo). Desse grupo foi que saíram as obras do Pe. Congar, figura ilustre do Concílio Vaticano II, que deram base ao ecumenismo "católico" no século 20.
10 - O grupo foi aceito dentro da ortodoxia.
A eparquia ortodoxa do Brasil, em seu site(http://www.igrejaortodoxa.com/eparquia.php), se refere ao acontecimento nestes termos:
"A Eparquia Ortodoxa do Brasil, sob jurisdição da Igreja Autocéfala da Polônia, tem a característica de ter sido constituída a partir de brasileiros que não são descendentes de povos tradicionalmente ortodoxos. O seu ‘povo’ inicial tem sua origem em pessoas residentes em Recife e no Rio de Janeiro que, nos idos de 1985, se dedicavam ao estudo de saberes metafísicos e esotéricos (Ou seja a estudos guenonianos-schuonianos). Essas pessoas buscavam encontrar uma Tradição Sagrada(A tradição perene de que fala Guenon), que ainda se mantivesse autêntica e não contaminada pelo materialismo e racionalismo ocidentais(Tema presente na obra de Guenon, " A crise do mundo moderno"; em razão disso o grupo pensou primariamente em entrar no Islão, já que este não estaria contaminado pela razão ocidental; Guenon afirmava que o cristianismo não podia continuar a garantir os princípios da tradição perene no mundo, tendo entrado em processo irreversível de decadência). O grupo de Recife tinha, no seu organizador, um ponto de contato e intercambio com o grupo residente no Rio de Janeiro. Uma série de coincidências levou a que esses dois grupos viessem a promover a vinda de um jornalista e intelectual português, com o objetivo de ministrar, no Rio de Janeiro e em Recife, um curso sobre simbolismo e arte sagrada(Intelectuais notáveis do esoterismo schuoniano-guenoniano como Martin Lings tem obras extensas sobre temas como simbolismo e arte sagrada; o estudo desses assuntos é especialidade desses grupos). Acontece que esse jornalista também era um padre ortodoxo. Esse encontro do padre ortodoxo com esse grupo de brasileiros causou uma profunda impressão em ambas as partes. Semanas após a partida do padre, os brasileiros receberam, da parte do Metropolita Gabriel de Lisboa, superior hierárquico daquele padre, um convite para visitar o mosteiro ortodoxo que ficava em Mafra-Portugal."
Olavo da mesma forma que, anos atrás penetrou gente sua na ortodoxia, está a fazer o mesmo no catolicismo via COF e o apoio do Pe. Paulo Ricardo que á aval a que vários fiéis católicos se alistem no curso do guru esotérico.
Basta ligarmos os pontos: a guenonização do catolicismo via ecumenismo tem mais um capítulo. Iniciado em 1928, continua agora sob a batuta de Olavo e Pe. Paulo Ricardo, seu agente facilitador.
Algum bispo, por favor, excomungue esse sujeito!!