Todavia desde o século 13-14, existe, no ocidente, uma tendência que procura sujeitar o poder da Igreja aos poderes civis - políticos. Cabe lembrar do que fez o rei Felipe, o Belo, da França, que tentou a deposição do papa Bonifácio VIII e transferiu o papado para a cidade de Avinhão, para colocar a Igreja sob seu controle.
O fortalecimento do poder dos reis no século 14 , permitiu que no século 16 a reforma protestante tivesse sucesso já que foi sobre o abrigo de reis e princípes interessados em se livrar da ingerência da Igreja nos assuntos temporais, através de seu magistério, que os ditos reformadores conseguiram fazer avançar suas doutrinas e seitas.
Lembremos também de Clemente XIV, que aboliu a Ordem dos Jesuítas ( Cia de Jesus) para atender aos déspotas esclarecidos do século 18 que estavam sob a influência do iluminismo - vendo portanto a Igreja como inimiga da civilização e da razão. Os monarcas dessa época exigiam a supressão dos Jesuístas pois os mesmos controlavam as cátedras universitárias e as universidades que em geral estavam nas mãos da Igreja. Importava tirar da Igreja o controle da educação para que os "filósofos" iluministas ocupassem as universidades e assim pudessem forjar a mentalidade das futuras gerações. Clemente XIV era bem visto pelos governos adversos aos Jesuítas. Embora espremido pelas circunstâncias, ele contemporizou quatro anos. Só em 1773 publicou o breve Dominus ac Redemptor noster, com o qual extinguiu a Companhia . Os soberanos Bourbons de França, Espanha, Nápoles e Parma não permitiram mais a permanência dos inacianos em seus países. Sebastião José de Carvalho e Melo, conde de Oeiras e marquês de Pombal, já os expulsara das terras lusitanas. O Geral, Padre Lourenço Ricci, não admitia modificações essenciais na constituição jesuítica. Preso no castelo Santo Ângelo, morreu octogenário em 1775.
Foi graças a isso que a Revolução Francesa se tornou possível - a atuação jesuítica teria decerto minorado a influência iluminista-maçônica na França o que poderia ter resultado em que não houvesse a explosão revolucionária sobretudo a de 1792 sob liderança jacobina.
Eis que desde 1962 - ano de início do Concílio Vaticano II - o clero vem se abrindo a realidade laica e secular que marca o mundo moderno como se fossem coisas positivas e queridas por Deus. Em razão disso a tradicional doutrina de sujeição dos estados a realeza de Cristo e de seu pontífice( o papa) vem sendo deixada de lado. Não são mais os Estados que devem sujeitar-se a Igreja e aos princípios eternos que ele preserva: antes, pensa o clero modernista, é ela que deve se adequar a nova realidade onde o poder político de cunho humanista se arroga o direito de ser a última palavra e de ser o portador dos princípios de ordenação da civilização numa inversão satânica da reta ordem criada por Deus!
Exemplo disso é que a encíclica "Mater et Magistra" de João XXIII já abria espaço para um poder que regulasse os problemas internacionais, uma autoridade laica a qual todos - incluída aí a Igreja Católica - deveriam obediência : "Os progressos científicos e técnicos multiplicam e reforçam, em todos os setores
da convivência, as relações entre os países, tornando a sua interdependência
cada vez mais profunda e vital.
Por conseguinte, pode dizer-se
que os problemas humanos de alguma importância – qualquer que seja o seu
conteúdo, científico, técnico, econômico, social, político ou cultural,
apresentam hoje dimensões supranacionais e muitas vezes mundiais. Assim, as comunidades políticas,
separadamente e com as próprias forças, não têm já possibilidade de resolver
adequadamente os seus maiores problemas dentro de si mesmas, ainda que se trate
de nações que sobressaem pelo elevado grau e difusão da cultura, pelo número e
atividade dos cidadãos, pela eficácia dos sistemas econômicos, e pela extensão e
riqueza dos territórios. Todas se condicionam mutuamente e pode, mesmo,
afirmar-se que cada uma atinge o próprio desenvolvimento, contribuindo para o
desenvolvimento das outras. Por isso é que se impõem o entendimento e a
colaboração mútuos. "( Números 199 a 201).
Pois bem : hoje nos deparamos com a seguinte notícia referente aos casos- alguns reais outros apenas supostos - de pedofilia dentro da Igreja : http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/renuncia-do-papa/onu-cobra-acoes-do-vaticano-para-combater-a-pedofilia-na-igreja,f5e65bfb2ec83410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
Em suma : a ONU cobra da Igreja a observância de seus estatutos relativos a direitos da infância.
Ok! Nenhum católico em sã consciência pode se opor a que padres respeitem a dignidade infantil.
O problema todo não está aí mas sim no que há por trás disso: A ONU PRETENDE QUE A IGREJA A RECONHEÇA COMO AUTORIDADE MORAL SUPREMA E COMPETENTE PARA JULGAR INCLUSIVE A IGREJA NÃO APENAS NO CASO DE PEDOFILIA MAS EM QUALQUER CASO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O poder laico -secular e mundializante da ONU usa o subterfúgio da "omissão" de parte do clero com os casos de pedofilia para tentar submeter a Igreja a seu juízo.
Que consequências imediatas isso pode ter? Imaginem que amanhã grupos de homossexuais poderão procurar a ONU para encaminhar um processo contra a Igreja em razão de sua posição sobre moral sexual e casamento!! O simples fato de autoridades católicas se prestarem ao papel de dar satisfações a ONU fortalece o poder global que se quer criar e abre portas para o império do anticristo.
Em suma estamos diante do seguinte problema: que poder deve estabelecer a lei? A ONU crê que as leis que devem reger o mundo globalizado são as que expressam seu credo laicista-secular-humanista. Nesse admirável mundo novo as leis eclesiásticas e divinas não valerão mais. A religião deverá seguir as leis impostas pelo novo clero ( os intelectuais do humanismo secular)!!
Será que as autoridades da Santa Sé não enxergam o que há nisso tudo? Rezemos pois os tempos são críticos!
O noticiário que eu vi foi outro.....Não era a "Igreja" que estava em questão,mas o Estado do Vaticano. A Igreja, que eu saiba, avança pela via da conversão e não da legislação. (Que não pode ser vedada de todo também. Mas não poder ser a referência primeira).
ResponderExcluirBarack obama é o anticristo leia esta matéria http://marceloganev.blogspot.com.br/2014/03/barack-obama-o-raio-que-caiu-do-ceu.html
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluirAPOCALIPSE CAP 17.
ResponderExcluirVersículos: 10 E há sete reis: ( Impérios do Egito, Assíria , Babilônia, Persa, Grécia, Roma, EUA) cinco já caíram, ( Egito, Assíria, Babilônia, Persa, Grécia) um é,(Roma) o outro ainda não chegou, (EUA) mas, quando chegar, tem de permanecer por pouco tempo... 16 E os dez chifres que viste, (todos o países aliados a ONU) e a fera, (ONU) estes odiarão a meretriz (todas as religiões falsas ou podres pelos seus frutos) e a farão devastada e nua, e comerão as suas carnes e a queimarão completamente no fogo. (serão destruídas pra sempre) 17 Porque Deus pôs nos seus corações executarem o pensamento dele, sim, executarem um só pensamento [deles] por darem o seu reino à fera, até que se tenham efetuado as palavras de Deus. (O próprio Deus cansou de tanta mentira e hipocrisia e depois disso começará a ARMAGEDOM instrumento que usará para puruficar a Terra de tanta gente ruim)