sábado, 29 de outubro de 2016

Por que é mentira que Lutero deu a Bíblia ao povo? Desconstruindo a mais nova falácia de Bergoglio!

Mais uma vez o Papa se mostra amigo dos hereges luteranos que fenderam a cristandade em 1517. A quem serve este papa que se posiciona frequentemente contra o parecer milenar da Igreja Católica? 
O Papa Francisco, empenhado que está em promover um ecumenismo a qualquer custo com os pérfidos seguidores do heresiarca de Wittenberg, afirmou que Lutero teria levado a Bíblia às pessoas, repetindo assim um velho chavão consagrado por uma má historiografia que insiste em dizer que antes de Lutero a Bíblia era inacessível. O cerne da acusação é que Lutero teria sido o primeiro a traduzir a bíblia para a língua vernácula, coisa que, segundo os críticos, a Igreja Católica jamais teria feito; para os adversários da catolicidade a Igreja agiu assim com o fim de impedir ao povo o acesso as santas escrituras. Nada mais falso. Explicamos. 

Antes da Bíblia de Lutero já havia traduções da mesma para o vernáculo, feitas por católicos. 

Entre 1445 e 1520 75% das obras produzidas em tipografias eram religiosas o que inclui aí a Bíblia Católica (Janssen, J. Geschichte des deustchen volkes seit dem Ausgang des Mittelalters. Freiburg-im-Breisgau, 1878, p.10). Graças a imprensa, a Bíblia se difundiu mais amplamente entre o público que lia, desde antes da revolução de Lutero. Enumeram-se, pelo menos, dezesseis edições da Bíblia Vulgata em Paris entre 1475 e 1517 (1517 é a data inicial da reforma luterana). Na Espanha, a célebre Bíblia Poliglota de Alcalá (Em latim, hebraico e grego) estava pronta para a publicação em 1514. Em 1516, Erasmo de Roterdã publicou seu Novo Testamento. Da invenção da imprensa até 1520, houve 156 edições latinas da Bíblia(Moreau, E. La crise religieuse du XVI siécle. Paris, 1950, p.95.). 

Para aqueles que sabiam ler mas ignoravam o latim, tendo o domínio apenas da língua vernácula, a Bíblia, traduzida em língua vulgar, se tornou mais acessível como nunca antes havia sido. Desmentindo a tese de que Lutero foi o primeiro a traduzir a Bíblia para a língua do povo alemão entre 1466 e 1520 apareceram vinte e duas versões alemã da Bíblia. A primeira tradução para o italiano acontece em 1471 e a primeira versão em holandês em 1477. Em Paris o rei da França pediu pessoalmente a seu confessor Rély, que mandasse imprimir a primeira Bíblia em francês completa que foi editada em 1487. Na Espanha, uma primeira versão em castelhano foi impressa em Saragoça em 1485. Uma segunda foi publicada em 1512 em Toledo(Delumeau, Jean. Nascimento e afirmação da reforma. Ed Pioneira, São Paulo, 1989, p.77).

Segundo E, Delaruelle (Delaruelle, E. L' Église au temps du Grand Schisme et de la crise conciliaire. Paris, 1964, p.17) temos a seguinte estatística: "número de impressões antes de 1520; da Bíblia em alemão( alto alemão, baixo alemão e em holandês) - 22; da Bíblia em francês - 23; da Bíblia em italiano- 12; outras( catalã, tcheca, polonesa, russa)-6"

Logo, fica demonstrado que Francisco repete a mentira protestante quanto a terem sido eles os divulgadores da Bíblia e os responsáveis por sua tradução para as línguas vulgares. Antes disso reis católicos, bispos católicos e leigos católicos já haviam feito traduções da sagrada escritura para a linguagem do povo e, consequentemente, democratizado a acesso a Bíblia uns 50 anos antes de Lutero.

Rafael G. de Queiroz( Professor de história diplomado pela UERJ/ Docente da rede Seeduc RJ e Faetec RJ). 

Fontes bibliográficas: 

1- Delaruelle, E. L' Église au temps du Grand Schisme et de la crise conciliaire. Paris, 1964.

2- Delumeau, Jean. Nascimento e afirmação da reforma. Ed Pioneira, São Paulo, 1989.

3- Janssen, J. Geschichte des deustchen volkes seit dem Ausgang des Mittelalters. Freiburg-im-Breisgau, 1878. 

4- Moreau, E. La crise religieuse du XVI siécle. Paris, 1950. 

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Capitalismo: obra de satanás!






Dom Willianson

''O egoísmo não é capaz de criar uma sociedade. (...) Assim, se o capitalismo for definido, além dos termos econômicos, como uma forma de organização da sociedade em que cada cidadão tem a liberdade de produzir tanto capital (ou seja, dinheiro) quanto ele possa e deseje, então o capitalismo mostrará várias contradições. Ele tenta criar uma sociedade exigindo a solidariedade por meio do encorajamento de todos a serem egoístas.

Assim, o capitalismo só pode sobreviver enquanto os membros de uma sociedade capitalista ainda tiverem valores pré-capitalistas, como senso comum, moderação na busca de dinheiro e respeito pelo bem comum. Mas o capitalismo, tal como definido acima, não faz nada para promover qualquer um desses valores pré-capitalistas. Pelo contrário, age contra eles, como o egoísmo age contra a solidariedade. Portanto, o capitalismo é um parasita minando os valores pré-capitalistas do corpo social em que vive.

Desde o final da Segunda Guerra Mundial, especialmente, todos os povos têm produzido cada vez mais dinheiro para prover conforto material, que agora preferem, em detrimento do conforto espiritual, que anteriormente dava sentido às suas vidas. Admirando e buscando dinheiro, eles ficaram felizes em deixar os homens do dinheiro se apoderarem de suas sociedades. Ainda mais admirados e buscando com mais vigor, os homens do dinheiro tomaram para si mais e mais dinheiro e poder. Afinal, que freios intrínsecos o dinheiro ou o poder têm para limitar uma busca ainda maior por eles? Nenhum. Os banqueiros se transformaram em verdadeiros gangsters.''

Dom Richard Williamson. ''Desdobramento do capitalismo'', Comentários Eleison (CLXXIX), de 18 de Dezembro de 2010