terça-feira, 12 de abril de 2016

Olavo contra o magistério e os santos, sobre hereges e livros suspeitos: mais uma descida ao inferno da seita olavista!!!


Anos atrás o professor católico, Fedeli, provou o caráter heretizante das doutrinas de Olavo. Porém ainda há católicos que levam o sujeito a sério.

Senhores mais uma vez fazemos nosso o dever de denunciar a perigosa e serpentina seita do astrólogo de Campinas, vulgo Olavo de Carvalho. Toda seita se caracteriza por ter uma doutrina própria e não aquela que Nosso Senhor Jesus Cristo revelou e continua a ensinar pela boca da Igreja.
É exatamente o que se dá no caso do círculo fanatizado formado por Carvalho. Contando com devotados alunos, quais ovelhas dedicadas ao pastor, sua doutrina perigosa e falsa vai sendo espalhada em meios católicos sob a falsa justificativa de ele é um homem de fé. Não é preciso ir muito longe. O senhor Caio Rossi, por meio de seus oportuníssimos vídeos sobre a relação entre o senhor Olavo e a doutrina perenialista e ainda, sobre a ligação entre perenialismo e satanismo ( Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=jUH4S1tzGCg) já demonstrou cabalmente que estamos perante uma perigosa seita que visa infiltrar ambientes eclesiásticos.
Para demonstrar de modo ainda mais cristalino que o astrólogo paulista - que se faz passar por filósofo sem que jamais tenha terminado o segundo grau - tem uma doutrina oposta a da santa mãe Igreja, faremos uma breve exposição de alguns de seus ditos com o ensino dos santos e papas.
1- Olavo e hereges:
Olavo sustenta que: "O pessoal acha que ser cristão é defender posições doutrinárias, e em nome delas difamar, mentir, achincalhar, desprezar, fazer-se de superior. ESSE É O CAMINHO SEGURO DO INFERNO." (Olavo de Carvalho, Via Facebook, 6.4.2014)
Mas outra é a doutrina dos santos, pois vejamos:
"Para que se compreenda melhor que a imitação perfeita de Nosso Senhor não consiste apenas na doçura e na suavidade, mas ainda na energia, citaremos alguns episódios ou algumas frases de certos Santos. O Santo é aquele que a Igreja declarou, com autoridade infalível, ser um imitador perfeito de Nosso Senhor. Como imitaram os Santos a Nosso Senhor? Vejamos.
Santo Inácio de Antioquia, mártir do século segundo, escreveu várias cartas a diversas Igrejas, antes de ser martirizado. Nestas cartas, ocorrem sobre os hereges expressões como estas: “bestas ferozes (Eph. 7); lobos rapaces (Phil. 2,2); cães danados que atacam traiçoeiramente (Eph. 7); bestas com rosto de homens (Smyrn. 4,1); ervas do diabo (Eph. 10,1); plantas parasitas que o Pai não plantou (Tral. 11); plantas destinadas ao fogo eterno (Eph. 16,2)”.
Este modo de tratar os hereges, como se vê, seguia de perto os exemplos de São João Batista que aos escribas e fariseus chamava de “raça de víboras”, e de Nosso Senhor Jesus Cristo que aos mesmos apelidava de “hipócritas” e “sepulcros caiados”.
Assim também procederam os Apóstolos. Refere Santo Irineu, mártir do século segundo e discípulo de São Policarpo, o qual por sua vez fora discípulo de São João Evangelista, que certa vez indo o apóstolo aos banhos, retirou-se sem se lavar pois aí vira Corinto, herege que negava a divindade de Jesus Cristo, com receio, dizia, que o prédio viesse abaixo, pois nele se encontrava Corinto, inimigo da verdade. O mesmo São Policarpo, encontrando-se um dia com Marcião, herege docetista, e perguntando-lhe este se o conhecia, respondeu o santo: “Sem dúvida, és o primogênito de Satanás”.
Aliás, nisto se seguiam o conselho de São Paulo: “Ao herege, depois de uma e duas advertências, evita, pois que já é perverso e condena-se por si mesmo”(Tit. 3,10).
O mesmo São Policarpo se casualmente se encontrasse com herege, tapava os ouvidos e exclamava: “Deus de bondade, porque me conservaste na terra a fim de que eu suportasse tais coisas?” E fugia imediatamente para evitar semelhante companhia.
No século IV narra Santo Atanásio que Santo Antônio eremita chamava aos discursos dos hereges venenos piores do que o das serpentes.
E, em geral, este é o modo como os Santos Padres tratavam os hereges, como se pode ver de um artigo publicado na “Civiltà Cattolica”, periódico fundado por S. S. Pio IX, e confiado aos padres jesuítas de Roma. Nesse artigo citam-se vários exemplos que transcreverei:
“Santo Tomás de Aquino, que apresentado às vezes como invariavelmente pacífico para com seus inimigos, numa das suas primeiras polêmicas com Guilherme de Santo Amor, que ainda não estava condenado pela Igreja, assim o trata e aos seus sequazes: “inimigos de Deus, ministros do diabo, membros do Anticristo, inimigos da salvação do gênero humano, difamadores, semeadores de blasfêmias, réprobos, perversos, ignorantes, iguais ao Faraó, piores que Joviniano e Vigilâncio (hereges que negavam a Virgindade de Nossa Senhora)”. São Boaventura a um seu contemporâneo Geraldo chamava: “protervo, caluniador, louco, envenenador, ignorante, embusteiro, malvado, insensato, pérfido”.
O melífluo São Bernardo, a respeito de Arnaldo de Brescia que levantou cisma contra o clero e os bens eclesiásticos disse: “desordenado, vagabundo, impostor, vaso de ignomínia, escorpião vomitado de Brescia, visto com horror em Roma, com abominação na Alemanha, desdenhado pelo Romano Pontífice, louvado pelo diabo, obrador de iniqüidades, devorador do povo, boca cheia de maldição, semeador de discórdias, fabricador de cismas, lobo feroz”.
Mais antigamente, São Gregório Magno, repreendendo a João, Bispo de Constantinopla, lança-lhe em rosto seu profano e nefando orgulho, sua soberba de Lúcifer, suas palavras néscias, sua vaidade, a escassez de sua inteligência.
Nem de outra maneira falaram os Santos Fulgêncio, Próspero, Jerônimo, Sirício Papa, João Crisóstomo, Ambrósio, Gregório Nazianzeno, Basílio, Hilário, Atanásio, Alexandre, Bispo de Alexandria, os santos mártires Cornélio e Cipriano, Antenagoras, Irineu, Policarpo, Inácio Mártir, Clemente, todos os Padres enfim da Igreja que se distinguiram por sua heróica virtude.
Se se quiser saber quais as normas que dão os Doutores e Teólogos da Igreja para as polêmicas com os hereges leia-se o que traz São Francisco de Sales, o suave São Francisco de Sales, na Filotea, cap. XX da parte II: “Os inimigos declarados de Deus e da Igreja devem ser difamados tanto quanto se possa (desde que não se falte à verdade), sendo obra de caridade gritar: Eis o lobo!, quando está entre o rebanho, ou em qualquer lugar onde seja encontrado.”( In: http://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG%20410928_N%C3%83OTRATEMOSOSLOBOSCOMOOVELHASPERDIDAS.htm#.Vw0XZNHmrIU)
Olavo ainda diz que: " "Nada mais típico do recém-convertido do que a vaidade de "combater heréticos". Dez anos de caridade e humildade antes disso, em total silêncio, não lhe fariam nada mal". (Olavo de Carvalho, Via Facebook, 6.4.2014).

Ora, Cirilo de Jerusalém, bispo dos tempos patrísticos, em sua obra Catequese, um manual para catecúmenos, ou seja, para recém convertidos, dá essa diretiva: "" Te reúnas com as ovelhas; foge dos lobos; não te afastes da Igreja. Aborrece, inclusive aos que em algum momento hão sido suspeitos destas coisas - da  heresia; e se, com o tempo não te convences de sua conversão, não confie neles de forma temerária. Entrega-te a verdade da monarquia divina; descobre o sentido destes ensinos: seja um provado banqueiro, retendo o que é bom e apartado de toda classe do mal. E se alguma vez foste desses, reconheçe e aborrece o erro; pois o caminho da salvação está em que os vomite e os aborreça de coração; em que te apartes deles não só com os lábios mas com a alma; em que adores o Pai de Cristo, o Deus da Lei e dos Profetas e que conheças o bom e o justo, ele que é único e mesmo Deus. Que ele os conserve a todos vós, mantendo a vós firmes e sem tropeços, fortes na fé, em Cristo Jesus, Nosso Senhor, a quem seja dada a glória pelos séculos e séculos. Amém." In: Cirilo de Jerusalém. Catequesis (Catequesis 6. La unidad de Dios). Editorial Ciudad Nueva. Madrid, 2006, p.160.

Vejam que Cirilo manda, não apenas, se afastar dos meros suspeitos de heresia, mas diz que é preciso aborrecê-los - em suma, denunciá-los e difamá-los para que a peste da heresia não se espalhe entre os fiéis.

O senhor Carvalho, entretanto, discorda e diz que: ""Você não tem obrigação NENHUMA de destruir os heréticos. Mas, caso desconfie que são heréticos, tem a OBRIGAÇÃO ESTRITA de procurá-los pessoalmente e adverti-los com paciência e bondade. Se em vez disso você sai logo de cara gritando contra eles, você JÁ ESTÁ NO INFERNO." (Olavo de Carvalho, Via Facebook, 6.4.2014).

Ora Cirilo deixa claro que é dever aborrecer até os meros suspeitos de Heresia o que consiste em gritar publicamente para alertar as ovelhas do perigo de um possível lobo. Ademais o senhor Olavo já foi advertido de heresia por meio das polêmicas bem fundamentadas do então vivo professor Fedeli. Se ele não ouviu a admoestação - toda ela fundada na doutrina dos padres, santo e papas - então é ele que está no CAMINHO DO INFERNO.


2- Olavo e livros suspeitos de heresia:

Vejamos a afirmação de Olavo quanto ao tema;




Carvalho deixa evidenciado que sua ocupação não é saber se a doutrina desses filósofos, escritores, pensadores, que ele consulta, é ou não compatível com a fé - o que mostra que ele, ainda que fosse um filósofo, não poderia jamais ser um filósofo católico já que o mesmo está compromissado a tudo julgar a luz da fé.

Olavo aí professa a doutrina do livre acesso a livros, publicações, autores, etc. Ele advogada nada mais que a liberdade de imprensa e a liberdade de exame, contra o que o magistério sempre disse!!!

Escutemos a voz de PIO IX sobre o livre acesso a livros de autores suspeitos:

" 11. Devemos tratar também neste lugar da liberdade de imprensa, nunca condenada suficientemente, se por ela se entende o direito de trazer-se à baila toda espécie de escritos, liberdade que é por muitos desejada e promovida. Horroriza-Nos, Veneráveis Irmãos, o considerar que doutrinas monstruosas, digo melhor, que um sem-número de erros nos assediam, disseminando-se por todas as partes, em inumeráveis livros, folhetos e artigos que, se insignificantes pela sua extensão, não o são certamente pela malícia que encerram, e de todos eles provém a maldição que com profundo pesar vemos espalhar-se por toda a terra. Há, entretanto, oh que dor! quem leve a ousadia a tal requinte, a ponto de afirmar intrepidamente que essa aluvião de erros que se está espalhando por toda parte é compensada por um ou outro livro que, entre tantos erros, se publica para defender a causa da religião. É por toda forma ilícito e condenado por todo direito fazer um mal certo e maior, com pleno conhecimento, só porque há esperança de um pequeno bem que daí resulte. Porventura dirá alguém que se podem e devem espalhar livremente venenos ativos, vendê-los publicamente e dá-los a tomar, porque pode acontecer que, quem os use, não seja arrebatado pela morte?

12. Foi sempre inteiramente distinta a disciplina da Igreja em perseguir a publicação de livros maus, desde o tempo dos Apóstolos, dos quais sabemos terem queimado publicamente muitos deles. Basta ler as leis que a respeito deu o V. Concílio de Latrão e a constituição que ao depois foi dada a público por Leão X, de feliz recordação, para que o que foi inventado para o progresso da fé e a propagação das belas artes não sirva de entrave e obstáculo aos Fiéis em Cristo (Act. Concílio Lateran. V, ses. 10; e Constituição Alexand. VI 'Inter multiplices').O mesmo procuraram os Padres de Trento que, para
trazer remédio a tanto mal, publicaram um salubérrimo decreto para compor um índice de todos aqueles livros que, por sua má doutrina, deviam ser proibidos (Conc. Trid. sess. 18 e 25). Há que se lutar valentemente, disse Nosso predecessor Clemente XIII, de piedosa memória; há que se lutar com todas as nossas forças, segundo o exige a gravidade do assunto, para exterminar a mortífera praga de tais livros, pois o erro sempre procurará onde se fomentar, enquanto não perecerem no fogo esses instrumentos de maldade (Encíclica 'Christianae', 25 nov. 1776, sobre livros proibidos). Da constante
solicitude que esta Sé Apostólica sempre revelou em condenar os livros suspeitos e daninhos, arrancando-os às suas mãos, deduzam, portanto, quão falsa, temerária e injuriosa à Santa Sé e fecunda em males gravíssimos para o povo cristão é aquela doutrina que, não contente com rechaçar tal censura de livros como demasiado grave e onerosa, chega até ao cúmulo de afirmar que se opõe aos princípios da reta justiça e que não está na alçada da Igreja decretá-la." Mirari Vos, número 11 e 12, sua santidade, Papa Gregório XVI.

A práxis histórica da Igreja e até dos reis católicos sempre foi o de proibir publicações que contivessem sabor de heresia ou representassem perigo para a fé como bem mostra o regimento da Real Mesa Censória, de 1768 em Portugal que dizia ser proibido de circular  obras: 1- de autoria de ateus, que combatessem “nossa Santa Religião”; 2- de autores protestantes contrários à fé católica; e 3- que negassem a obediência ao Papa [...] escritos milenaristas e/ ou jesuíticos [...]: 4- ensinar feitiçaria, quiromancia, magia e astrologia; e 5- apoiar a superstição ou o fanatismo por detrás de um
aparente zelo religioso. [...]: 6- conter obscenidades que corrompessem os costumes e a moral do país; e 7- ser infamatórios e trazer sátiras, que atacassem diretamente as pessoas, ultrapassando os limites da decência [...]. 8- defender que o soberano tudo pode contra o bem comum do vassalo ou que, ao contrário, tudo concede ao povo, fomentando o “sistema maquiavélico”, ou, em contraposição, a “seita dos monarcômacos”. [...] 9- utilizar a Bíblia em sentido diverso do empregado pela Igreja. [...] 10- misturar, sem discernimento, os Artigos Dogmáticos da Fé com pontos que fossem de mera Disciplina [...]; e 11- os que impugnassem os Direitos, Leis, Costumes, privilégios, concordatas etc. da Coroa e dos Vassalos. [...] 14- ser de autoria dos “Pervertidos Filósofos destes últimos tempos” [...]. In: VILLALTA, Luís Carlos. Reformismo ilustrado, censura e práticas de leitura: usos do livro na América Portuguesa. Tese (Doutorado em História) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Universidade de São Paulo. São Paulo, 1999. 640

Quem tem razão? Olavo ou PIO IX? Olavo ou a história bimilenar da Igreja?

Ainda que livros de autores heréticos possam ter algumas verdades naturais, elas também tem o perigo de portar o veneno, tão mais danoso à medida que vem misturado com "água boa".

Carvalho ainda repete a velha heresia de que a doutrina da Igreja é omissa em certas matérias - sobretudo nas questões da aplicação concreta da verdade de fé, repetindo em 2016 o mesmo erro que já houvera ensinado em 2014: " "Ser cristão é buscar ser justo e bom COMO JESUS EM CADA ATO, ESPECIALMENTE AQUELES ATOS PARA OS QUAIS A DOUTRINA NÃO DÁ UMA RECEITA PRONTA."(Olavo de Carvalho, Via Facebook, 6.4.2014).

Segundo Olavo o ensino de Cristo não dá receitas claras de como agir em cada caso. Ora isso é ir contra as disciplinas impostas pelo santo magistério - tantas vezes perante a história - é ir contra o parecer dos teólogos moralistas que se fundam na doutrina para extrair ilações casuísticas. Em suma isso é lançar fora os manuais de moral que receberam imprimatur da Igreja, manuais que visam resolver casos concreto, é lançar fora o ensino dos santos, também repletos de conselhos para situações particulares. Isso é negar a Igreja o poder de legislar em casos específicos.  É  doutrina do relativismo moral que considera que as opções morais, em cada caso, são sempre abertas a várias interpretações e possibilidades e que cada um deve decidir conforme sua consciência pessoal e não segundo o que manda a autoridade da Igreja.

Olavo é um modernista. O Modernismo, nega a capacidade do homem de conhecer a verdade revelada por Deus. O Modernismo, como toda a Filosofia moderna, nega o tomismo. O homem seria incapaz de conhecer a realidade e a verdade. Ora, é isso exatamente que Olavo diz; Deus seria objeto não de conhecimento mas apenas de experiência( aqui: https://www.youtube.com/watch?v=HB3UTy1YT7M). Ora se Olavo nega a possibilidade de conhecer a doutrina sobre Deus, a ilação lógica é que também não podemos conhecer com certeza objetiva a disciplina moral consequência da verdade divina. Não espanta que ele diga, então, que a doutrina é omissa para os casos particulares!!!

Restariam ainda dúvidas quanto ao cheiro de heresia que exala das doutrinas do astrólogo de Campinas?