quarta-feira, 14 de agosto de 2013

DOSSIÊ DOM HELDER : O ARCEBISPO QUE COMUNISTIZOU A IGREJA NO BRASIL !



Dom Helder , dito o "profeta da paz"!

Quem foi Dom Hélder? Uns o consideram um hereges, outros defendem sua canonização. Entre estes vigora a tese de que sua preferência pelo social nunca esteve ligada ao socialismo e que associá-lo ao marxismo foi produto de uma acusação criada por direitistas para desmoralizá-lo.

Aqui nosso objetivo é avaliar, historicamente, se a acusação é pertinente afinal está em curso uma tentativa de elevá-lo aos altares, como se santo tivesse sido.

Em 1947, o Padre Hélder organizou o secretariado nacional da ACB ( Ação católica brasileira ) que tinha a finalidade de integrar leigos e a Igreja. Movimento espalhado pelo mundo inteiro e implantado no Brasil pelo Cardeal Leme em 1935, agora ele contaria com a vasta experiência do Padre Hélder que já havia militado no integralismo nos anos 30. Anos depois Dom Hélder diria de sua passagem pelo integralismo que "foi um erro de juventude". O aspecto social não era um forte dos meus mestres no seminário. Nossa visão era de que tudo se dividia em capitalismo e comunismo. E nos sopravam discretamente que dos males o menor. Pouco a pouco foi fácil ver que esse embate não era verdadeiro".

Sabe-se que nos anos 50 a ACB sofreu forte influencia de pensadores católicos humanistas - como Emmanuel Mounier (Mounier, segundo o padre Lima Vaz, "foi o mestre mais seguido pela juventude católica brasileira" dos anos 60: rejeitando categoricamente o sistema capitalista, ele considera que os cristãos podem aprender enormemente com o marxismo. Definindo sua própria filosofia social, ele escreve em 1947: "O personalismo considera que as estruturas do capitalismo são um obstáculo que se levanta no caminho da libertação do homem e que elas devem ser destruídas em proveito de uma organização socialista da produção e do consumo". E. Mounier, "Qu'est-ce que le personnalisme?" (1947), Oeuvres, III, Paris, 1963, p.244.), Teilhard de Chardin (Chardin teve suas obras condenadas pela Igreja por conta de seu monismo e de seu evolucionismo. O Santo Ofício solicitou ao Arcebispo de Paris que detivesse a publicação das obras. Em 1957, um decreto deste mesmo órgão decidiu que estes livros fossem retirados das bibliotecas dos seminários e institutos religiosos, não fossem vendidos nas livrarias católicas e não fossem traduzidos. Este decreto não teve muita adesão. Cinco anos mais tarde, uma advertência foi publicada, solicitando aos padres, superiores de Institutos Religiosos, seminários, reitores das Universidades que "protejam os espíritos, principalmente o dos jovens, contra os perigos da obra de Teilhard de Chardin e seus discípulos". Segundo esta advertência, "sem fazer nenhum juízo sobre o que se refere às ciências positivas, é bem manifesto que, no plano filosófico e teológico, estas obras regurgitam de ambiguidades tais e até de erros graves que ofendem a doutrina católica") e Jacques Maritain (Pai da noção de uma “cristandade laica”- uma civilização cristã sem um eixo religioso cristão , onde apenas a lei natural seria a norma e onde se faria a síntese do dogma católico com os princípios iluministas da liberdade religiosa e de consciência e igualdade; em suma Maritain defendia uma “cristandade” nova sem referência direta a Cristo!) além do Padre Louis Joseph Lebret (1897-1966), dominicano francês ligado ao movimento Economia e Humanismo, que durante a década de 50 influenciou o “pensamento social católico” diretamente ligado aos agentes da ACB.

Em suma: a ACB se transformou, nas mãos de Dom Hélder, em uma plataforma para uma síntese entre fé católica e marxismo que se realizaria através do influxo teológico e filosófico das idéias de Mounier , Maritain , Chardin , etc.

Na mesma época Dom Helder articulou com a Santa Sé a criação da CNBB (Conferência nacional dos Bispos do Brasil) com o claro objetivo de unificar a ação pastoral da Igreja no Brasil em torno das novas orientações que impunha a ACB , orientações de cunho socialistizante.

Dom Hélder na época dizia que à CNBB visava “coordenar e subsidiar as atividades de orientação religiosa , de beneficência , de filantropia e assistência social (In: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro p. 1525) em todo o Brasil". A atividade da CNBB nos anos que se seguiram ficaram mais marcadas por ações no campo social que por assistência caritativa ou orientação religiosa.

A criação da CNBB por meio da ação direta de Dom Helder teve uma razão específica: enfraquecer a posição do então líder da Igreja no Brasil, o Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara, arcebispo do RJ e herdeiro do Cardeal Leme. O projeto eclesial do Cardeal Leme, continuado pelo Cardeal Barros Câmara, era a romanização dos ambientes católicos do Brasil ainda muito marcados por um catolicismo popular , pietista e sentimental.

Para Dom Hélder a figura de Dom Jaime como líder da Igreja no Brasil e porta voz dela era um escolho pois impedia que a Igreja Brasileira respirasse ares novos. A idéia de criar a CNBB amadureceu durante o Congresso mundial de Leigos em Roma em 1950 onde através de contatos com o Monsenhor Montini – futuro Papa Paulo VI- Dom Hélder consegue do Papa PIO XII a criação da CNBB.

Deste modo a CNBB brota de certo modo da ACB pois Dom Hélder, na qualidade de seu assistente, dela se valeu para convocar os dois primeiros encontros da hierarquia eclesiástica. Com a ligação estreita da ACB com a CNBB a primeira ganhou muito pois, ficando livre das diretrizes de cada bispo diocesano – alguns bispos eram avessos a linha progressista da ACB e costumavam limitar seriamente seu ativismo- passou a tratar diretamente com um órgão de representação nacional o que lhe trouxe mais autonomia para se manifestar sobre questões de ordem temporal sem precisar prestar contas aos bispos. Contando com a ajuda da CNBB a ACB pode se desviar, pouco a pouco, da Doutrina Social da Igreja e experimentar a síntese do pensamento social católico com as idéias marxistas.

No fim da década de 50, a ACB se aproximou decididamente de setores da esquerda política formando o que viria a ser a teologia da libertação.

A CNBB, sob influxo de Dom Helder que, segundo Della Cava, se tornou desde então o “líder de fato da Igreja Brasileira” (In : Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro p. 1526), tornou- se rapidamente num órgão para a socialistização do catolicismo no Brasil: de um catolicismo popular pietista predominante e de uma tentativa de romanização sem sucesso nos anos do Cardeal Leme, para um catolicismo social engajado em lutas temporais. Em 1956 a CNBB liderou uma grande reunião em Campina Grande com ministros do Governo Kubitschek para “discutir os problemas socioeconômicos da região”.

Ainda nessa época Dom Hélder dava inicio à “Cruzada de São Sebastião” com caráter imanentista que buscava:

1-Promover, coordenar e executar medidas e providências destinadas a dar solução racional, humana e cristã ao problema das favelas do Rio de Janeiro;

2- Proporcionar, por todos os meios ao seu alcance,assistência material e espiritual às famílias que residem nas favelas cariocas; mobilizar os recursos financeiros necessários para assegurar, em condições satisfatórias de higiene, conforto e segurança,moradia estável para as famílias faveladas;

3- Colaborar na integração dos ex-favelados na vida normal do bairro da Cidade.

Embora a Arquidiocese do RJ já tivesse a Fundação Leão XIII que cuidava da assistência social aos mais pobre , Dom Helder resolveu criar a cruzada pelos seguintes motivos :

a) Aproximação da Fundação Leão XIII com setores políticos conservadores e antimarxistas como a UDN.

b) A Cruzada São Sebastião se concretizou graças ao apoio dum pacto entre os elementos mais a esquerda do Partido Social Democrata (PSD) e do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) que contava com elementos ligados ao PCB que não podendo existir oficialmente passou a parasitar o PTB. Os objetivos da Cruzada eram primariamente materiais: em primeiro lugar dar assistência material e só depois espiritual. Mas não nos enganemos: a Cruzada não tinha nenhum escopo evangelístico ou catequético de fato. Não havia um plano de assistência religiosa as famílias pobres no sentido de formá-las dentro da fé católica .Os objetivos da Cruzada eram basicamente materiais: dar conforto, higiene, segurança. Há que lembrar que muitos dos moradores das favelas eram imigrantes do interior do Brasil vindos para o sudeste em busca de trabalho, diante do surto industrial que o país vivia. Muitos desses imigrantes perderam ,na vida da cidade grande, a cálida experiência de religiosidade e piedade tradicional católica proporcionada pela vida no campo. Ainda que esta experiência de piedade católica fosse marcada por supertições populares, elas criavam um caldo de cultura -ainda que apenas superficialmente católica- que mantinha gerações e gerações ligadas umbilicalmente a Igreja. Nos ambientes urbanos essa cultura não existia. A assistência da Igreja se fez sentir no campo social, mas no campo religioso essa assistência era de menor grau ou nula. A despreocupação do clero com a questão da catequese abriu espaço para a proliferação das seitas neopentecostais de cunho protestante que invadiram os grandes centros urbanos e se espalharam , sobretudo sobre as periferias. A "cruzada" de cruzada só tinha o nome: não visava a conquista espiritual dos pobres mas apenas a atenuação de sua pobreza material

A cruzada contou, para o plano de urbanização, com a ajuda de arquitetos que buscavam, através do planejamento dos imóveis a serem construídos para abrigar os favelados, estimular o empoderamento do pobre em face das classes superiores dando-lhe acesso a vida em apartamentos que lhes proporcionassem uma nova consciência capaz de afrontar a questão da desigualdade de classes : “nos anos 40, o apartamento já era um símbolo de status para parte do universo das camadas médias brasileiras: “(…) o apartamento não surgiu, entre nós, como um recurso para atender às necessidades das classes modestas; até uma certa época, cuja limitação ainda não se pode definir perfeitamente pelo efeito da proximidade dos dias que correm, o apartamento foi, pode-se dizer, um luxo; hoje, se ainda não deixou de ser um luxo, tornou-se para a pequena burguesia dos funcionários públicos e empregados uma necessidade de aparência, de aproximação com a classe superior.” (In : CONSTRUÇÃO CIVIL.O observador Econômico e Financeiro, Rio de Janeiro, ano 7, n. 76, p. 13-21, mai. 1942. p. 14-15.) A cruzada seguiu uma tendência inovadora na arquitetura da habitação social brasileira, a qual fora influenciada pela vanguarda moderna e socialista européia dos anos 20 (formada por expoentes de movimentos e tendências artísticos como o Construtivismo russo, De Stijl e Bauhaus).O objetivo era claro: comunistizar a mentalidade dos pobres através de uma experiência estética e arquitetônica que dessa vasão a ideais coletivistas

Muitos bispos , clérigos e leigos marginalizados com a nova orientação que a Igreja no Brasil tomava se engajaram sob a liderança de Plínio Correa de Oliveira na criação da “Sociedade de defesa da Tradição , Família e Propriedade(TFP)" contrária ao catolicismo com engajamento social criado por Dom Hélder e asseclas. O núncio Dom Lombardi, porém, apoiava a facção social da CNBB , o que demonstra que ,sob o Pontificado de João XXIII, haviam ventos favoráveis soprando para Dom Hélder e a CNBB confirmando – os nessa linha de engajamento social marxistizante.

A influência de Dom Hélder não pararia na CNBB, mas se estenderia por toda a América Latina: em 1958 foi delegado do Brasil na 1 reunião do CELAM ( Conferencia Episcopal Latino Americana). Depois em 1960 foi eleito segundo vice presidente do CELAM.

Nesse contexto nasce a JUC ( Juventude Universitária Católica) no seio da ACB que era dominada pelo Arcebispo dos pobres. a JUC dos anos 1960-62 representou a primeira tentativa, em todo o continente, de desenvolver um pensamento “católico” utilizando elementos do marxismo. Apesar de seu fracasso imediato, lançou sementes que iriam germinar mais tarde - no Brasil e no conjunto da América Latina. Com razão Pablo Richard se refere ao Congresso dos 10 anos da JUC (1960) como "o início de uma nova etapa na história do cristianismo brasileiro e latinoamericano"(in :Pablo Richard; Morte das cristandades e nascimento da Igreja, S.Paulo, Edições Paulinas, 1984, p.154.). Cabe acrescentar que se tratava não só do movimento estudantil universitário : a JUC foi para o campo da educação popular (MEB) e mais tarde para o terreno da ação política (AP).

Os ideólogos jucistas diziam não se inspirar em Marx mas ao mesmo tempo rejeitavam o tabu anti-marxista (rejeitam portanto que sejam contrários ao marxismo, ao menos lhe reconhecendo alguns méritos e algum valor); segundo dizia o então líder da JUC Herbert de Souza( O conhecido sociólogo Betinho que nos anos 90 criou o programa "Natal Sem Fome"), "não temos Marx como mestre, pois já tínhamos um outro, antes. Mas sabemos valorizar Marx também".

Diante disso tudo fica a questão : Por que o Brasil foi o primeiro país em que esta mistura confusa de cristianismo e marxismo pôde se desenvolver - conseguindo, no curso dos anos de 30 a 60, maior impacto do que em qualquer outra Igreja da América Latina?

A resposta é clara: não fosse a articulação de Dom Helder isso não teria sido possível. Foi através dele que o marxismo chegou a ACB e por meio dela aos mais diversos ambientes eclesiais. Sem a fundação da CNBB, sob os auspícios de Dom Hélder, a generalização duma linha socializante de ação da Igreja no Brasil não teria sido possível.

Sobre as posições de Dom Hélder no campo ideológico cabe citar à famosa entrevista dada por D. Helder Câmara à revista "L´Express", publicada por esta revista no princípio de junho de 1970 e aqui reproduzida em todos os jornais (na íntegra, no "O Estado de São Paulo", de 5 de julho de 1970). Essa entrevista apresenta o que foi sua vida no seminário. É assim que menciona, que um "grande padre" que não nomeia o livrou do temor de Deus e lhe deu uma "visão muito confiante da vida da qual o pecado está excluído". "Eu não tinha medo de Deus. Eu tinha confiança nele". Diz que "não era obediente" e que não se fez "filho de Maria" porque "eu ria, eu falava, eu zombava, eu era normal". Dá um exemplo: era proibido, no seminário, falar nos corredores, "mas eu não aceitava essa proibição, eu falava". ― Sozinho? Pergunta o entrevistador. ― "Não", responde, "eu procurava corromper os outros". Depois entra na parte política em que afirma que: a "Igreja era uma força alienada, que se alienava a si mesma. "Convencemo-nos de que era preciso 'conscientizar' as massas". Mais adiante explica o que entende por "conscientizar": "É fazer tomar consciência da injustiça e da necessidade de fazer pressão para a libertação". Afirma que "Che Guevara" era um gênio que ele admira:

"Eu respeito todos aqueles que, em consciência, escolhem a violência ativa: Che Guevara ou os jovens que fizeram a mesma opção entre nós. Porque eles se sacrificam pela justiça". O entrevistador do L´Express pergunta: ― Já não acredita na guerrilha urbana? D. Helder responde: "Já não acredito. Eu não digo isso para desanimar esses jovens que tentam alcançar a libertação de nosso povo. Eu os amo e persigo o mesmo fim. Eles são extraordinários esses guerrilheiros urbanos. Eles têm coragem. Eles assaltam bancos para obter dinheiro, a fim de comprar armas. Mas quando se conhece um pouco o preço das armas sabe-se perfeitamente que eles nunca terão o suficiente... O sr. há de dizer que eles têm êxito com o seqüestro de personalidades. Mas alguns são apanhados. Eles são torturados e por vezes falam. É muito difícil resistir quando eles arrancam as suas unhas e esmagam seus testículos".

As declarações acima não deixam dúvidas de que Dom Hélder concordava com o fim perseguido por Lamarca, Marighela, entre outros guerrilheiros que era nada mais que a coletivização dos meios de produção, em suma, comunismo. Para o arcebispo, Che, um dos líderes da revolução cubana que tomou coloração comunista quando Fidel chega ao poder em 1959, lutou pela "justiça" que indica o que Dom Hélder entendia pelo vocábulo: a criação duma sociedade comunista. Sobre ser esse o objetivo perseguido por Che não restam dúvidas, bastando aqui lembrar o famoso discurso de Guevara a Juventude cubana no Teatro Chaplin em 1962:


"Num dado momento, num dia qualquer dos anos que venham, após passarmos muitos sacrifícios, depois de termo-nos porventura nos visto muitas vezes à beira da destruição, de assistirmos à matança de muitos de nós e de reconstruirmos o que foi destruído, ao fim disso tudo, um dia qualquer, quase sem repararmos, teremos criado, junto dos outros povos do mundo, a sociedade comunista, o nosso ideal".


Dom Hélder ao deslocar o eixo da Igreja no Brasil dos assuntos de cima (salvação, santidade, vida eterna, pecados, virtudes, oração) para os de baixo (salário, moradia, emprego, justiça social), apelando para a caridade cristã com o próximo, atuou subvertendo o sentido ínsito da fé católica mas não sem vestir tal subversão com uma capa de aparências piedosa: o apelo as obras de misericórdia corporal e ao desapego aos bens materiais na verdade serviam, dentro do projeto que Hélder tinha em mente para a CNBB, não à edificação do homem católico e da superação do capitalismo por uma economia cristã mas sim a um projeto político ideológico identificado com o marxismo.



43 comentários:

  1. Olá Rafael. Em primeiro lugar, parabéns por toda essa análise histórica que ajudou a lançar novas luzes sobre como o marxismo se proliferou dentro da Igreja Católica, e também desfaz um pouco o mito, a áurea de (falsa) santidade, colocada sobre a figura de Dom Helder Câmara. Salvo isto, vim fazer uma crítica construtiva aqui. A forma como o texto está escrita está dificultando o entendimento, e o tornando ininteligível em muitas partes. Parágrafos inteiros sem conclusão, vírgulas mal colocadas, colocação pronominal usada de forma incorreta, etc. Sugiro você a reler todo este texto e fazer os ajustes devidos para que este possa se tornar mais inteligível aos leitores do site.

    Abraços, fique em paz.

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    1. Obrigado Renan.Esses erros são fruto do texto ter sido escrito a partir de anotações minhas que fui reunindo de forma experimental.Quis começar a publicar antes de ter revisado por que tenho visto muita gente falando da possível beatificação de Dom Helder.E me vi no dever de alertar sobre a verdadeira face do Arecebispo o quanto antes.

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  2. Padre Zezinho gosta muito de Jacques Maritain!

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    1. Ademir, infelizmente Padre Zezinho nao é uma referência de ortodoxia católica. Me assustaria se Padre Paulo Ricardo admirasse Maritain... mas esse tipo de mal nao atinge um padre piedoso.

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  3. Rafael, não entendi direito o que você e o Renan Curvelo disseram, mas desmascarar a faceta TL do Dom Elder é boa coisa e tem o meio apoio.

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  4. Boa noite,

    não tenho um vasto conhecimento da figura de Dom Helder como vc... mas me indago, dele nunca (pelo que já li) ter sido alertado sobre alguma coisa pelo Cardeal Montini e posteriormente Papa Paulo VI, Visto que ambos eram muito amigos. Recordo também que o então Arcebispo de Olinda e Recife (grande arquidiocese do Brasil) tenha sido elogiado pelo saudoso Papa João Paulo II, o qual diz:"Este é um grande homem."
    São apenas indagações que faço a mim mesmo!
    Até, Paz e bem!

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    1. Essas questões serão responddias nos próximos artigos !

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    2. Há um livro que conta um pouco da trajetória (não sei se conhecem)de Dom Helder: "DOM HELDER CAMARA o profeta da paz"

      Muito detalhado, mas é um bom livro.

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    3. Acredito que a fineza do farsante Dom Hélder era tal, que sequer JPII percebeu com nitidez os requintes de satanismo. Nesse ponto o Boff foi mais sincero.

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  5. Excelente artigo, aqui em PE se eu disser isso de dom helder capaz de eu ser excomungado, mas... Como ele conseguiu tanto apoio? Inclusive ser "amigo" de papas, entre eles João Paulo II que por ter sofrido na pele com o comunismo, tnto se preocupou com essa causa. Como dom helder teve apoio deles?

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    1. Eu também, já perdi varias amizades por expor minha opnião contraria as posições de Dom Elder.

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  6. Infelizmente, meus amigos, creio que foi feita uma interpretação tendenciosa e equivocada da figura de Dom Helder. Suas influências são a Rerum Novarum de Leão XIII e que deu origem à doutrina social da Igreja. Já a ação engajada se dá pela influência do movimento denominado "Ação Católica", criado pelo Papa Pio XI, em 1938. De fato, as influências do marxismo na teologia da libertação e, desse modo, na Igreja, foram nefastas, mas difamar um homem que amou a Igreja, a serviu e deu sua vida por ela, são no mínimo uma grande incoerência e uma releitura errônea. O próprio D. Hélder questionou certa vez: "Se eu dou comida a um pobre, me chamam de santo, mas se eu pergunto por que ele é pobre, me chamam de comunista". Será que ele estava afirmando que era comunista? Será que ele era soberbo ao ponto de se dizer santo? nenhum nem outro. Dom Helder estava querendo mostrar a incoerência de nossa sociedade e fazer aquilo que é próprio do cristianismo (católico): "Em verdade vos digo, todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes" (Mt 25,40).

    Antes que também me interpretem errado, gostaria de afirmar o seguinte: Não tenho qualquer tendência marxista, esquerdista, etc. Sou cristão católico, com valores morais e éticos cristãos. Amo muito minha Igreja e os grandes homens que dela fazem parte e que a constróem dando suas vidas por ela, unindo-se, de algum modo, a Cristo, por assumirem seu batismo e buscarem ardentemente ser cristãos (outros Cristos). Muito me entristeço quando vejo tais atitudes deprimentes que visam denegrir pessoas de bem, fazer afirmações errôneas e falsas. Pensando em fazer um bem à Igreja, acabam por feri-la e desfigurá-la. Não... essa não é a verdadeira atitude de um cristão, ao menos, não a de um cristão católico. Att. Murah Rannier...

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    1. Finalmente um pouco de lucidez, equilíbrio e veracidade. Este texto acima é de tal ordem tendencioso e falso que me pareceu estar lendo textos medievais da Santa Inquisição. Lamentável.

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    2. Parabéns Murah Rannier! Falou tudo que eu queria dizer! Esse extremismo ideológico dentro da Igreja, faz com que esses "Doutores da Lei" denigram pessoas de bem aos seus próprios entendimentos!

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    3. Só faltam falar que Madre Teresa, pela ações sociais dela, era marxista, comunista, subversiva...

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  7. Não sou entusiasta do finado Dom Hélder.
    Mas o texto é desonesto, assim não dá pra fazer uma critica convincente. Não é satanizando a problemática de Dom Hélder que vamos poder mostrar aos leigos que tiveram vários problemas em sua atividade pastoral.
    Sobre Maritain, eu gostaria de evocar um texto de Dom Estevão Bettencourt que esclarece a questão em poucas linhas:
    http://www.pr.gonet.biz/index-read.php?num=2684

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  8. Fico admirado e com sentimento de revolta quando vejo irmãos lutando contra irmãos, quando vejo irmãos que deveriam se levantar para defender a Santa Igreja de Deus, ficam denegrindo a imagem da mesma com reportagem que buscam ferir a unidade da Igreja e denegrir a imagem de um homem que deu a sua vida no serviço ministerial de pastor do rebanho do Senhor. Ora penso que pelas obras conheceres os frutos, e acredito que os frutos que Dom Helder plantou foram frutos de santidade e de pertença as causas sociais, pondo em risco a sua própria vida em favor dos mais necessitados e desprovidos da sociedade, lutando ao lado do povo por melhores condições de vida. Ora se a própria Igreja o abraçou, como não deveríamos ter para com ele o mínimo de respeito a sua memoria. Se o próprio João Paulo II, tinha por ele admiração, porque agora denegrir a imagem de um homem de Deus? Salve a Igreja de Cristo! Salve os homens que doam suas vidas pelas causas dos pobres e do reino de Deus. fiquem com algumas palavras do encontro de Dom Helder e João Paulo II.
    "Em vez de me passar um pito, por eu não estar usando o solidéu, o Santo Padre tirou o seu da cabeça e segurou numa das mãos", contava sorridente.- Dele(João Paulo II) recebeu o título de "irmão dos pobres e meu irmão"

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    1. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará".
      João 8:31-32

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  9. Os protestos contra a acusação lançada contra Dom Helder não trouxeram nenhuma refutação em termos de fatos que comprovem que a análise não corresponde a realidade.

    Fico aguardando alguem que seja capaz de provar que os fatos que eu levantei são falsos.

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  10. SABE-SE DO ÇANTO BISPO D HÉLDER É TER CONJUGADO A CARTILHA DE GRAMSCI, PAI DO MARXISMO CULTURAL COMUNISTA E SEU ESQUEMA “SUTIL, LENTO E GRADATIVO” ATÉ À TOMADA DO PODER!
    Antônio Gramsci “terrenizou o pensamento” para efetivar o socialismo; era um teórico socialista e militante do PC italiano, impressionado com a violência das guerras que o governo revolucionário russo empreendera para submeter ao comunismo as massas oponentes, apegadas aos valores e praxes de uma cultura cristã.
    Daí, Gramsci descobriu que convinha amestrar o povo antes de fazer a revolução: doutrinar todos a pensarem, sentirem e agirem como membros de um Estado comunista, embora vivendo num quadro externo capitalista. Quando viesse o golpe comunista, as resistências já estariam anuladas e todos aceitariam o novo regime com poucas resistências, e convinha mudarem as estruturas de pensamento: os valores, os símbolos, a linguagem etc., até negando ser propaganda comunista.
    Disso, criaria um NOVO SENSO COMUM: todos julgarão doutra forma, sendo necessário, num processo lento mas imperceptível. Gramsci percebeu a necessidade de infiltrar nas organizações dedicadas à cultura, na mídia geral com a pericia da ENGENHARIA SOCIAL DA ESCOLA DE FRANKFURT, nas comunidades religiosas, usando a Igreja Católica e sua doutrina sutilmente socializada como aliada na luta pró marxismo.
    Esse processo deslanchou a partir de D Helder, depois D Arns e asseclas hoje infiltrados na ala socialista da CNBB e anexos a ela etc., deslocando a fé católica transcendente – salvação, santidade, vida eterna, pecados, virtudes, oração – para o imanente, dos humanismos – salário, moradia, emprego, justiça social – apelando para a caridade cristã com o próximo, transformando a doutrina católica em revolução comunista, mas revestida de aparências cristãs – o apelo à caridade e do desapego aos bens materiais eram uma bem montada farsa, por detrás um grande projeto político-ideológico identificado com o socialismo, sob a capa de cristianismo.
    E com esses apelos humanistas de "opção e defesa dos pobres" D Hélder iniciou o embrião do PT e incentivou os outros PCs e povo do Brasil na direção socialista.
    Eis aí a tática gramsciana dos marxistas descobrindo que o melhor método para chegar ao poder é dominando a cultura num processo de influência subversiva na religião, nas escolas, nos meios de comunicação e especialmente nas universidades.
    Nesse contexto enquadra-se a Teologia da Libertação como uma doutrina política relativista disfarçada de crença católica, defendendo o totalitarismo, enfraquecendo a sociedade face ao controle estatista, e ao mesmo tempo subvertendo toda a ética-moral católica e, com uma sociedade alienada e amoralizada, facilita sua captura por um Estado totalitarista, materialista e ateu, dos mesmos básicos ideológicos dos nazistas e fascistas, sendo os projetos de origem de 2 assumidos satanistas, Engels e Marx, e teria como pando de fundo o erguimento globalista oficial da NWO-Nova Era.

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  11. Fiquei surpreso com a construção do contexto histórico por trás de Dom Helder. Tenho certeza que muitos militantes de esquerda não tenham tantas informações sobre ele.

    Imagino que você não deva ser um entendedor do assunto por um acaso do destino. Provavelmente tem alguma ligação política e fiquei curioso para saber qual seria.

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    1. Eduardo para o teu governo eu sou entendedor do assunto.Sou historiador e me dedico faz anos a pesquisar Dom Helder : tenho uma série de fontes primárias sobre ele.Se é que vc sabe o que é isso.

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    2. O Eduardo fez uma boa pergunta, não respondida: se o autor deste "dossiê" tem alguma ligação política. Também fiquei curioso e como não foi respondido, dei uma olhadela no perfil dele e vi que é um grande admirador do "doutor" Plinio Correa de Oliveira. Pra quem não sabe, fundador da TFP (Tradição, Família e Propriedade) um bando de fanáticos de extrema direita, que só não supera a Fraternidade Sacerdotal São Pio X, do excomungado Lefebrve.
      A TFP é uma sociedade que se diz católica, mas faz restrições ao Concílio do Vaticano II e à Igreja pós-conciliar. Esta aí o ódio que sempre destilou à Dom Hélder, um dos maiores protagonistas do CVII. Esta turminha vivia enviando "dossiês" contra Dom Hélder ao Papa Paulo VI, que solenemente os ignorava.
      Estranho a preocupação do autor por muita gente, não só no Brasil, estar pedindo a beatificação de Dom Hélder, uma vez que os admiradores do Dr Plínio estimam ao extremo à veneração do seu mestre-fundador. Tanta estima que, segundo o testemunho de egressos da Sociedade, se tornou uma quase servidão e também ao culto à falecida mãe do Dr. Plínio – D. Lucília.

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    3. O Eduardo fez uma boa pergunta, não respondida: se o autor deste "dossiê" tem alguma ligação política. Também fiquei curioso e como não foi respondido, dei uma olhadela no perfil dele e vi que é um grande admirador do "doutor" Plinio Correa de Oliveira. Pra quem não sabe, fundador da TFP (Tradição, Família e Propriedade) um bando de fanáticos de extrema direita, que só não supera a Fraternidade Sacerdotal São Pio X, do excomungado Lefebrve.
      A TFP é uma sociedade que se diz católica, mas faz restrições ao Concílio do Vaticano II e à Igreja pós-conciliar. Esta aí o ódio que sempre destilou à Dom Hélder, um dos maiores protagonistas do CVII. Esta turminha vivia enviando "dossiês" contra Dom Hélder ao Papa Paulo VI, que solenemente os ignorava.
      Estranho a preocupação do autor por muita gente, não só no Brasil, estar pedindo a beatificação de Dom Hélder, uma vez que os admiradores do Dr Plínio estimam ao extremo à veneração do seu mestre-fundador. Tanta estima que, segundo o testemunho de egressos da Sociedade, se tornou uma quase servidão e também ao culto à falecida mãe do Dr. Plínio – D. Lucília.

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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  13. A questão suscitada pelo Eduardo e muito bem comentada pelo Marcelo torna evidente que, embora o Rafael se diga historiador (tem graduação ou pós acadêmica? já apresentou esses estudos perante uma banca?), ele faz uma leitura patentemente ideológica dos fatos. Contudo, parabenizo o Rafael por permitir que comentemos seu trabalho, e por fim, lhe sugiro que se junte a uma comunidade orante, a comunidade de fé, participe mais ativamente de sua paróquia, deixe-se impregnar pela experiência de Cristo Ressuscitado e sua vida terá mais sentido do que apenas levantar especulações sobre um grande bispo da nossa mãe Igreja. grade abraço e às ordens João Brito

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    1. Eu não me digo historiador, eu sou. Tenho inclusive pesquisa- inédita- publicada no campo da história das relações internacionais. João onde está a "leitura ideológica dos fatos"? Creio que você confunde fatos com leitura dos mesmos. Os fatos da vida de Dom Helder encontram seu significado amplo quando os referimos ao contexto de seu agir e pensar. Já que o senhor discorda da abordagem dos fatos mostre onde eu erro e por que erro. Não participo de "comunidade orante" mas da Igreja. Sou catequista inclusive. Não são especulações: os fatos estão aí. PROVE QUE ELES NÃO EXISTIRAM!!

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    2. E a leitura que Dom Helder fazia do mundo não era ideológica não?

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  16. Até aqui o sr Marcelo Barreto não refutou nada. Continua na sua estratégia de desviar o assunto para a discussão de minha pessoa. Sobre ser Historiador ou não é o seguinte: a profissão de Historiador sequer depende de diploma. Há e houve historiadores sem diploma que se notabilizaram pelo saber e pelas pesquisas realizadas. Para que alguém o seja requer-se três coias: ou que tenha o bacharelado- que eu tenho - ou que tenha pesquisa inédita na área contribuindo assim para o progresso do saber historiográfico- que eu tenho também - ou que tenha trabalhado ou trabalhe em instituição dedicada a memória histórica - que tenho também. Existem centenas de historiadores que jamais pertenceram ao mundo acadêmico. Quer que eu os cite??? Pertencer ao círculo acadêmico não quer dizer absolutamente nada. Quanto ao Lattes, atualização, pura e simplesmente, não prova nada, quando não se tem as mãos o que foi atualizado. Há muitos motivos para atualizá-lo entre eles a necessidade de tê-lo às mãos para atender exigências como essa(http://www.profhistoria.uerj.br/...http://www.vestibular.uerj.br/concurso.php)...Como o senhor disponibiliza teu nome completo será fácil, bem fácil processá-lo por calúnia. Nos vemos em um tribunal.

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  18. KKKKKK "Igreja de verdade"??? Todas são de mentira que exploram o mito.
    Ninguém vai ao inferno, ele não existe, é apenas uma ideia.
    "no lugar de deus??" Deus também é uma ideia. ..."julgar vivos e os mortos"... KKKKKKK - Como??? Cara, você está nas nuvens, desce!!!

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  19. Seguinte, meu camarada, entrei neste debate para refutar um fanático religioso de direita, que estava tentando macular a imagem de um grande homem. Não tenho o mínimo interesse em debater com o outro extremo, um fanático ateu de direita. Se vc não tem crenças, eu te respeito. Mas, peço que o mesmo venha da tua parte. Aliás, não entendi o que fazes aqui, não só em relação à minha pessoa, mas com todos que interagiram aqui até o momento.

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  20. Parabéns pelo texto,esclarecedor...

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  21. Rafael, Excelente texto! Me indique mais textos, por favor?

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  22. Existe hoje dentro da Política e dentro da IC um uma tendencia que vem se efetivando e que é : desde que se exerça uma atividade social , não importa os meios pelos quais a implementamos. Mais ou menos dentro daquela linha, o fim justifica os meios. A Igreja Católica não é uma ong. Alguns bispos têm tentado instrumentalizar a esquerda para atualizar a "opção pelos pobres", o que temos visto,porém, é o contrário, isto é, foram vergonhosamente "instrumentalizados" por ela. A meu ver esse foi também o equívoco de Dom Helder Câmara.

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  23. Mas aquela pomba branca que não saia de cima do caixão,pensei
    que fosse o espirito sto.

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  24. Gostaria de saber que diferença faz se era socialista, comunista ou não? Ele era bom, inteligente e viveu a luta do seu tempo. Tinha personalidade, não era medíocre, não era ladrão, foi um homem virtuoso Tanto que seu nome é sempre lembrado. Quem fala mal dele é que será sempre excomungado. Pois denegrir a imagem de pessoas que pensam no bem comum, se julgar no direito de julgar pessoas boas é que são os grandes vilões, pecadores e contrários ao que Cristo ensinou.

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    1. Prefiro ir pro inferno encontrar Don Helder a ir pra qualquer outro lugar encontrar essas pessoas cafonas, de pacotilha com retalhos de catecismo e aparatos de vergonha. Cristo é amor, falar de pessoas boas é feio. Don Helder foi "O CARA"

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