sexta-feira, 27 de julho de 2018

Os EUA como origem do movimento gay

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   Há quem diga que existe uma conexão exclusiva entre movimento LGBT e a cultura marxista passando por cima das relações entre a cultura individualista americana e os primeiros grupos ligados a causa gay no ocidente. Se é verdade que há doutrinas marcusianas, de tom neomarxista, fundamentando o movimento homossexual, também é verdade que o pós-modernismo ocidental, o individualismo liberal e a revolução sexual e hippie nos EUA - ligada não apenas a cultura gay mas, inclusive, ao império da da pornografia com publicações que revolucionaram o comportamento sexual, estimulando a fornicação, o adultério e a prostituição, como a Playboy - tiveram impacto decisivo na eclosão das pautas LGBT. Cabe explicar que já na década de 20, na Broadway tínhamos uma pré-revolução sexual, movida a música foxtrot e charleston que imprimiam um ritmo alucinante, estimulando o "esfrega-esfrega" entre casais que frequentavam os salões e os bailes da época; marca da década de 20 eram, diga-se de passagem, as dublês de dançarinas/prostitutas do charleston que ofertavam seus serviços nos eventos de antanho. 


   Sobre o facto de que foi nos EUA que tiveram origem as lutas gays e as organizações pró-LGBT fizemos um resumo mostrando, como a cultura estadunidense, é a raiz onde prosperou o movimento:

- Desde a década de 20 a máfia tinha o poder e os recursos financeiros para criar bares e clubes gay, apesar de proibição oficial. 

-No início dos anos 1960, Dick Leitsch, o presidente do Mattachine Society de Nova York, defendeu a ação direta em prol dos direitos gays, encenando a primeira apresentação pública de manifestações homossexuais na década de 1960. Frank Kameny, fundador da Mattachine de Washington em 1961, havia defendido uma ação militante recordativa da campanha de direitos civis dos negros, ao mesmo tempo defendendo a moralidade da homossexualidade.

-O Julius Bar (Nova Iorque), em Greenwich Village, foi o primeiro estabelecimento gay na história ocidental reconhecida e registrada legalmente. O caso ganhou uma atenção extensiva da mídia em vista da ação judicial contra o um órgão público local; a partir de então não era mais possível revogar licenças com base na solicitação de homossexuais. 

-Em 1969 foi alterada a política de Nova York de aprisionamento dos gays pela polícia. 

- Los Angeles viu o primeiro grande movimento gay em 1967 trazendo uma demonstração de centenas de pessoas durante vários dias depois protestando contra invasões da polícia em bares gays.

-Em 1966 Adrian Ravarour e Billy Garrison fundaram a "Vanguard, Incorporated" uma organização de juventude LGBT que em seus discursos, humanizaram a homossexualidade como uma relação humana normal. A Vanguarda também realizou um fim de semana de danças do mesmo sexo. Em agosto de 1966 um protesto no Doggie Diner foi seguido pelo apoio do Compton's Cafeteria. No final de 1966 o grupo juvenil se mudou para um teatro e depois para a Grove Street, 330, onde mudou seu nome para o The Gay and Lesbian Center (Centro de gays e lésbicas), o primeiro no ocidente.

-Em 28 de março de 1969 em San Francisco, Laurence Leo (o editor da Vetor, a revista da maior organização dos Estados Unidos sobre a homossexualidade, a Sociedade pelos Direitos Individuais) conclamou a uma "Revolução Homossexual de 1969", exortando os homens gays e lésbicas a se unir a um grupo militante, o Comitê de Liberdade Homossexual com Gale Whittington - um jovem que tinha sido demitido da States Steamship Company por ser abertamente gay, depois que sua foto apareceu na Berkley Barb, ao lado da manchete "HOMOS, Don't Hide It!", artigo revolucionário escrito por Leo Laurence. No mesmo mês Carl Wittman, um membro da CHF, começou a escrever o "Refugiados da Amerika: Um Manifesto Gay" (Refugees from Amerika: A Gay Manifesto), que mais tarde seria descrito como "a bíblia da libertação gay". Foi primeiramente publicado pela pela San Francisco Free Press e distribuído a nível nacional até a cidade de Nova York. 


Bibliografia: 

- Carter, David, 2004. Stonewall:The Riots that Sparked the Gay Revolution.

- Sibalis, Michael. 2005. Gay Liberation Comes to France: The Front Homosexuel d’Action Révolutionnaire (FHAR), Published in 'French History and Civilization. Papers from the George Rudé Seminar. Volume 1. ( In: https://h-france.net/rude/wp-content/uploads/2017/08/vol1_Sibalis2.pdf)


Um comentário:

  1. Você ataca os EUA nessa questão como se todos os americanos, inclusive políticos, fossem a favor ou mesmo não fizessem nada para deter o avanço do marxismo cultural, que solapou a América.
    Não blogger, houve várias e várias tentativas de norte-americanos, que lutaram para impedir o avanço desse movimento do inferno. A própria ICAR nos EUA durante os anos 50 e 60 denunciou essa invasão na sociedade daquela época.
    Seria bom mencionar, que tudo isso não passou de planos de ingerência na sociedade dos Estados Unidos pela ex-URSS. Não vou me debruçar muito em comentários sobre esse tema aqui, mas posso indicar a ti e aos leitores do Blog este vídeo:

    https://www.youtube.com/watch?v=kaiHhHdqb5A

    Bom aprendizado.

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